Resumo
Neste trabalho, após uma breve história das mulheres nas academias de letras no Brasil e fora dele, passamos a discutir a entrada tardia das escritoras nesses espaços de legitimação e consagração, de maneira especial desde a segunda metade do século XX. A discussão focaliza a centenária e prestigiosa Academia Mineira de Letras (AML), instituição que salvaguarda os documentos examinados e aqui apresentados. O acervo pesquisado é o da AML, em Belo Horizonte (MG), principalmente os discursos de posse e de recepção das escritoras mineiras que ali têm cadeiras. São destacados alguns elementos importantes do perfil dessas escritoras, assim como aspectos discursivos dos registros dessas personagens históricas, sobretudo as palavras do intelectual Eduardo Frieiro na posse de Maria José de Queiroz, em 1973.
Palavras-chave
Academia Mineira de Letras; academias de letras; escritoras brasileiras; feminismos