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Mulheres, arte e poder: uma narrativa de contrapoder?

Women, art and power: a narrative of counter-power?

Resumo

Meu objetivo neste artigo é construir sobre o ensaio fundamental de Linda Nochlin, precisamente intitulado “Mulher, Arte e Poder” (1988), em que a autora investiga de forma convincente as relações dessa tríade. Em suas palavras, ela “desembaraça vários discursos sobre as relações de poder existentes nas diferenças de gênero simultaneamente - a superfície tanto quanto o substracto - o discurso da iconografia ou da narrativa”. Proponho estender a análise de Nochlin, de alguma forma a mais, sem deturpar suas premissas, introduzindo uma mudança de foco no debate, da análise da representação de mulheres por artistas do sexo masculino, para o papel da mulher na arte contemporânea, ou seja, da mulher como objeto de representação para a mulher agente e sujeito da representação. Essa situação ganhou, efetivamente, um significado mais amplo a partir do final dos anos 1980. Sugiro, a partir da visualização de algumas imagens, que isso pode ser compreendido no contexto de produção de narrativas de empoderamento das mulheres ou, alternativamente, de criação de narrativas de contrapoder.

Palavras-chave:
agenciamento feminino; discurso; contrapoder; arte feminista

Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília (UnB) Programa de Pós-Graduação em Literatura, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Universidade de Brasília , ICC Sul, Ala B, Sobreloja, sala B1-8, Campus Universitário Darcy Ribeiro , CEP 70910-900 – Brasília/DF – Brasil, Tel.: 55 61 3107-7213 - Brasília - DF - Brazil
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