O artigo aproxima as poéticas de dois nomes representativos da recente poesia brasileira, o mineiro Donizete Galvão (1955-2014) e a paulista Orides Fontela (1940-1998). A partir da análise de um poema feito por Donizete em homenagem a Orides, por ocasião de sua morte, e incluído no livro Ruminações (1999), o texto levanta e discute traços comuns às duas obras, especialmente a contaminação da poesia límpida e da busca do sagrado, ansiadas por ambos os autores, pela aspereza do real e pelas impurezas da matéria que servia de base aos poemas.
Donizete Galvão; Orides Fontela; poesia brasileira contemporânea; poesia e realidade