RESUMO
Este artigo tem por objetivo construir uma reflexão sobre o tema da "angústia diante da morte" a partir da análise da narrativa "Lázaro" (1970), da escritora brasileira Hilda Hilst. Propondo uma releitura do episódio bíblico que narra a morte e ressurreição de Lázaro, o texto em questão permite-nos estabelecer um diálogo com o conceito de ser para a morte , de Martin Heidegger, bem como com a teoria do sublime de Edmund Burke, em cujo cerne se encontra a manifestação da morte. Ao traçar tais diálogos, pretendemos observar como o narrador-protagonista do texto de Hilst pode ser pensado como uma encarnação do ser para a morte heideggeriano.
Palavras-chave:
ser para a morte; angústia,"Lázaro"; Hilda Hilst