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O girassol do entardecer: o recordar d’Os alegres peregrinos

The evening sunflower: the remembrance of The merry pilgrims

El girasol al atardecer: recordando Los peregrinos alegres

Resumo

O objetivo do artigo é demonstrar que as narrativas de Os alegres peregrinos: contos rurais passadistas (2022), obra bordada com fios ambivalentes da realidade e da imaginação, compõem uma estrutura orgânica na qual fica subentendida a intenção do erudito narrador de recordar as etapas do seu amadurecimento por meio das vivências das personagens, ao menos até o ponto em que consegue falar por ele mesmo ou mover-se até o seu plano mais íntimo. A imagem poética do pôr do sol, significada por Lévi-Strauss (1996)LÉVI-STRAUSS, Claude (1996). Tristes trópicos. Tradução de Rosa Freire D’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras., na obra Tristes trópicos (1935), é um detalhe paisagístico que ilumina o livro da autora desde a capa, conto a conto, dando sentido à mira do itinerante narrador-girassol, que, assentado em bases contemplativas constituídas dos elementos cósmicos, almeja alcançar o devaneio profundo capaz de fazê-lo autoconhecer-se e sentir-se parte de um todo. Nesse sentido, é significativo que o narrador parta da terceira pessoa para alcançar a primeira.

Palavras-chave:
pôr do sol; recordar; paisagem; narrador

Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília (UnB) Programa de Pós-Graduação em Literatura, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Universidade de Brasília , ICC Sul, Ala B, Sobreloja, sala B1-8, Campus Universitário Darcy Ribeiro , CEP 70910-900 – Brasília/DF – Brasil, Tel.: 55 61 3107-7213 - Brasília - DF - Brazil
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