Acessibilidade / Reportar erro

O parricídio como espetáculo da violência: O dia em que matei meu pai

The parricide as a spectacle of violence: O dia em que matei meu pai

Resumo

A voz narrativa em primeira pessoa no romance de Mario Sabino, O dia em que matei meu pai, constrói um universo composto por duas coordenadas: uma segue a lógica subjetiva do prazer/perversão em que os personagens descritos pelo narrador evidenciam sociopatologias como resultado de um contexto regido pela violência psicológica e pela amoralidade, e onde a dinâmica erótica é sempre tanática; a outra tem como eixo o componente espetacular desde onde os personagens pareceriam representar papéis construídos em base a estereótipos que provêm da cultura de massas. O assassinato do pai pelo protagonista e o modo como confessa o crime no começo do romance conjugam os dois valores centrais que encontramos na proposta estética do autor: o valor da violência e do espetáculo para a representação da sociedade contemporânea.

Palavras-chave:
parricídio; espetáculo; performance; maldade; hiper-realidade; Mario Sabino

Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília (UnB) Programa de Pós-Graduação em Literatura, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Universidade de Brasília , ICC Sul, Ala B, Sobreloja, sala B1-8, Campus Universitário Darcy Ribeiro , CEP 70910-900 – Brasília/DF – Brasil, Tel.: 55 61 3107-7213 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: revistaestudos@gmail.com