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A contribuição das práticas de Learning commons para o processo de gestão do conhecimento em bibliotecas

The contribution of Learning commons practices to the knowledge management process in libraries

Resumo:

Objetiva-se, neste artigo, a análise das contribuições das práticas de Learning commons utilizadas em bibliotecas para o processo de gestão do conhecimento. O modelo é baseado em uma pesquisa qualitativa e adaptado de trabalhos anteriores, cujos procedimentos metodológicos empregados incluem a definição dos conceitos de suporte, contexto e confiança. A partir da fundamentação teórica, foi realizada a aplicação do modelo e a validação do processo de adequação à teoria relacionada. Concluiu-se, portanto, com a aplicação do modelo e a apreciação dos dados que há uma relação significativa entre Learning commons e gestão do conhecimento, e ambos são relevantes para a inovação das bibliotecas.

Palavras-chave:
learning commons; gestão do conhecimento; bibliotecas

Abstract:

This article aims to analyze the contributions of common learning practices used in libraries to the knowledge management process. The model is based on qualitative research and adapted to previous works, whose methodological procedures used include the definition of the concepts of support, context, and trust. Based on the theoretical foundation, the model was applied and the process of adaptation to the related theory was validated. It is concluded, therefore, with the application of the model and the evaluation of the data that there is a significant relationship between Learning commons and knowledge management, and both are relevant for library innovation.

Keywords:
learning commons; knowledge management; libraries

1 Introdução

As Bibliotecas são organizações em contínuo desenvolvimento, enfrentando desafios constantes. Com a Gestão do Conhecimento (GC), as bibliotecas podem melhorar a comunicação entre a equipe e promover uma cultura de compartilhamento. Além disso, permite que as bibliotecas tenham soluções focadas no usuário e reduzam procedimentos redundantes (Islam; Agarwal; Ikeda, 2015ISLAM, M. A.; AGARWAL, N. K.; IKEDA, M. Knowledge management for service innovation in academic libraries: a qualitative study. Library Management, Leeds, v. 36, n. 1-2, p. 40-57, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1108/LM-08-2014-0098 . Acesso em: 17 set. 2021.
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).

O conceito de GC surgiu na década de 1980 e foi empregado, principalmente, no setor corporativo, definido como o processo pelo qual as organizações geram valor a partir de seus ativos intelectuais. No setor educacional, as universidades também começaram a aplicar GC para apoiar a realização de sua missão. Da mesma forma as bibliotecas, já que possuem conhecimento organizacional sobre seus usuários, processos, produtos, serviços, e, principalmente, o conhecimento de seus funcionários. Deste modo, a GC é reconhecida como uma solução útil à sobrevivência e sucesso das bibliotecas (Nazim; Mukherjee, 2016NAZIM, M.; MUKHERJEE, B. Knowledge management in libraries: concepts, tools and approaches. Netherlands: Elsevier, 2016. ).

Nesse contexto, os Learning commons (LC) são ambientes de aprendizagem que vêm sendo estudados no contexto das bibliotecas. São espaços colaborativos que enfatizam a criação e o compartilhamento do conhecimento. Integram aspectos físicos e virtuais, associados à infraestrutura de redes e tecnologia, além de serviços e recursos humanos qualificados. Esses ambientes têm a finalidade de facilitar a produção de conhecimento e dar apoio a um modelo de aprendizagem mais interativo (Bem, 2015BEM, R. M. Framework de gestão do conhecimento para bibliotecas universitárias. 2015. Tese (Doutorado) - Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015. ).

Tem-se como propósito, neste artigo, discutir como as práticas de LC podem contribuir para a implementação dos processos de GC em bibliotecas. A proposta aqui é apresentar os resultados de uma análise feita como parte da validação de um modelo que, dentro do campo da Gestão do Conhecimento, modela os principais processos de GC que são aplicados em bibliotecas e define como as práticas de LC podem contribuir para o processo de GC nas bibliotecas.

Deste modo, para a consecução dos objetivos aqui apresentados, é abordado, primeiramente, na seção 2, o processo de GC nas bibliotecas. Na seção 3, discute-se o modelo Learning commons. Na seção 4, expõe-se o modelo que foi adaptado para analisar as contribuições das práticas de LC aos processos de GC em bibliotecas. Na seção 5, descreve-se como foi feita a aplicação do modelo e, na seção 6, como foi realizada a sua validação. E, por fim, na seção 7, são apresentadas as conclusões.

2 Gestão do conhecimento em bibliotecas

A Gestão do Conhecimento trata da prática de agregar valor à informação e a distribuir, tendo como tema central o aproveitamento dos recursos existentes na empresa. A Gestão do Conhecimento trata das questões críticas de adaptação e competência organizacional frente às transformações do mercado globalizado. Além disso, direciona a empresa à geração de conhecimento, possibilitando que se descubram maneiras e se elaborem estratégias de lucrar com esse conhecimento (Macedo; Souza, 2023MACEDO, M.; SOUZA, M. R. Fundamentos de gestão do conhecimento: os ativos intangíveis como fonte de vantagem competitiva. Moldova: Novas Edições Acadêmicas, 2023. ).

No que tange à implementação da gestão do conhecimento em bibliotecas, há diversas questões a serem consideradas, como: fatores organizacionais; a aceitação da GC pelos profissionais de biblioteconomia e ciência da informação; o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e as competências dos bibliotecários para aplicar GC. No entanto, há diversos processos e ferramentas de GC que podem ser implementados para que a biblioteca possa atingir seus objetivos.

Nesse sentido, a aplicação da GC em bibliotecas começou a ser debatida a partir dos anos 2000. O foco era no gerenciamento dos recursos humanos e na dinamização do fluxo de conhecimentos, com o objetivo de reforçar as competências e habilidades dos profissionais, visando à melhoria dos serviços; tendo como apoio e investimentos as tecnologias da informação (Castro; Costa, 2014CASTRO, G.; COSTA, M. D. Gestão do conhecimento em bibliotecas no Brasil: um mapeamento temático com base na literatura técnico-científica. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 18., 2014, Belo Horizonte. Anais [...]. São Paulo: FEBAB, 2014, p. 1-14. ).

Sendo assim, de acordo com uma revisão de literatura sistematizada, foi possível identificar vários processos que são ou podem ser aplicados em bibliotecas para implementar a gestão do conhecimento. Os processos de GC devem ser implementados para que a biblioteca possa atingir seus objetivos, pois, em bibliotecas, a gestão do conhecimento é aplicada para melhorar o uso de recursos e para fornecer serviços dinâmicos e eficazes (Ugwu; Ekere, 2019UGWU, C. I.; EKERE, J.N. Knowledge management for improving services in federal university libraries in Nigeria. Journal of Librarianship and Information Science, New Jersey, v. 51, n. 2, p. 356-369, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1177/0961000617742446 . Acesso em: 14 dez. 2021.
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).

Os processos identificados na revisão de literatura são: sistemas para melhorar a comunicação; avaliação, auditoria, identificação do conhecimento; criação e aquisição de novos conhecimentos; aprendizagem contínua, cultura de aprendizagem e educação continuada; compartilhamento, disseminação, transferência do conhecimento; captura e retenção do conhecimento; parcerias com outras bibliotecas; organização do conhecimento; aplicação e utilização do conhecimento e armazenamento e documentação do conhecimento.

3 Modelo Learning commons

Um conceito inovador para apoiar a aprendizagem no ambiente das bibliotecas é o Learning commons. De um modo geral, um commons integra serviços tradicionais de biblioteca com outros serviços de suporte à aprendizagem no campus, havendo a utilização da tecnologia.

Dessa forma, os Learning commons refletem a compreensão de que os alunos não são apenas consumidores de informações, mas participam ativamente na criação de conhecimento. Esta é uma mudança significativa com relação aos information commons, conceito que antecede o Learning commons, pois em um LC, a aprendizagem e a criação de conhecimento são apoiadas e aprimoradas, já que o LC busca conectar pessoas por meio de tarefas de aprendizagem compartilhadas (Turner; Welch; Reynolds, 2013TURNER, A.; WELCH, B.; REYNOLDS, S. Learning spaces in academic libraries: a review of the evolving trends. Australian Academic & Research Libraries, London, v. 44, n.4, p. 226-234, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1080/00048623.2013.857383 . Acesso em: 11 out. 2021.
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).

Nesse sentido, as bibliotecas devem mover-se de information commons, que auxiliam os usuários na busca e manipulação do conhecimento, para Learning commons, que permitem a criação de conhecimento por meio da interdisciplinaridade e colaboração no campus (Somerville; Collins, 2008SOMERVILLE, M. M.; COLLINS, L. Collaborative design: a learner-centered library planning approach. The Electronic Library, Leeds, v. 26, n. 6, p. 803-820, 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1108/02640470810921592 . Acesso em: 11 out. 2021.
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; Bailey; Tierney, 2008BAILEY, D. R.; TIERNEY, B. Transforming library service through information commons: case studies for the digital age. Chicago: American Library Association, 2008. ).

No entanto, para Li (2006LI, L. Leveraging quality web-based library user services in the digital age. Library Management, Leeds, v. 27, n. 6-7, p. 390-400, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1108/01435120610702387 . Acesso em: 13 abr. 2021.
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) Information commons ou Learning commons são maneiras inovadoras de projetar, desenvolver, aprimorar e integrar serviços de bibliotecas. Com base em tecnologias de rede avançadas e tecnologias da web, tanto o IC como o LC, fornecem aos usuários de bibliotecas acesso local e externo de banda larga, móvel e sem fio, juntamente com recursos de informação integrados, serviços e instruções em ambientes de aprendizagem acadêmica. Contudo, González Martínez (2021GONZÁLEZ MARTÍNEZ, L. Servicios académicos en learning commons de bibliotecas universitarias: una respuesta a los requerimientos educativos actuales. Bibliotecas, Costa Rica, v. 39, n. 1, p. 1-32, 2021 Disponível em: https://doi.org/10.15359/rb.39-1.1 . Acesso em: 22 jul. 2021.
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) afirma que o termo Learning commons tem prevalecido na literatura especializada em Biblioteconomia e Ciência da Informação.

Uma definição de Learning commons, acentuada por Doiron e Asselin (20111 1 DOIRON, R.; ASSELIN, M. Exploring a new learning landscape in tertiary education. New Library World, Leeds, v. 112, n. 5-6, p. 222-235, 2011. Apud Turner, Welch e Reynolds (2013). , p. 229 apud Turner; Welch; Reynolds, 2013TURNER, A.; WELCH, B.; REYNOLDS, S. Learning spaces in academic libraries: a review of the evolving trends. Australian Academic & Research Libraries, London, v. 44, n.4, p. 226-234, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1080/00048623.2013.857383 . Acesso em: 11 out. 2021.
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) é a seguinte: um Learning commons é um ambiente de aprendizagem dinâmico e colaborativo, que combina espaços de estudo individual e em grupo, serviços de referência em profundidade e tecnologia da informação. Esses espaços são entendidos como “pontos de encontro” da comunidade, que oferecem aos alunos apoio na escrita e na pesquisa, no uso de tecnologia e, geralmente, incluem algum tipo de espaço social, como um café e um lounge.

Portanto, identificaram-se na literatura práticas de LC (Quadro 1), tendo como base o seguinte referencial teórico: o diagrama dos três domínios do Commons descrito por Beagle (2010BEAGLE, D. The emergent information commons: philosophy, models, and 21st century learning paradigms, Journal of Library Administration, London, v. 50, n. 1, p. 7-26, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1080/01930820903422347 . Acesso em: 20 fev. 2021.
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); a revisão de literatura realizada por Pressley (2017PRESSLEY, L. Charting a clear course: a state of the learning commons. In: CONFERENCE [of] ASSOCIATION OF COLLEGE AND RESEARCH LIBRARIES, 2017, Baltimore. Proceedings [...]. Chicago: ACRL, 2017. p. 112-119.) e o modelo conceitual para knowledge commons, descrito por Shuhuai et al. (2009SHUHUAI, R. et al. From information commons to knowledge commons. The Electronic Library, Leeds, v. 27, n. 2, p. 247-257, 2009. Disponível em: https://doi.org/10.1108/02640470910947593 . Acesso em: 11 out. 2021.
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). Dessa forma, com base nos conceitos retirados das fontes acima citadas, foram elencadas práticas do modelo LC de acordo com as seguintes dimensões: espaços; recursos tecnológicos; serviços e gestão, conforme pode ser observado no Quadro 1 abaixo. Em seguida, elaborou-se o conceito de cada uma das práticas de acordo com as respectivas fontes.

Quadro 1-
Práticas de Learning commons

As práticas de LC aqui elencadas visam gerar clareza e facilitar o planejamento institucional das bibliotecas, tendo em vista que algumas delas já são amplamente adotadas em bibliotecas e recorrentes na literatura.

4 Modelo de análise proposto

Nesta seção apresenta-se um modelo que visa analisar as contribuições das práticas de LC para o processo de GC. Foi utilizado um modelo de análise desenvolvido na tese de doutorado de Macedo (2008MACEDO, M. TV digital interativa e gestão do conhecimento organizacional. 2008. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis, 2008. ) e, devidamente, validado na dissertação de mestrado de Espíndola (2012ESPINDOLA, O. Contribuições do sistema de acompanhamento para a gestão do conhecimento de uma empresa varejista. 2012. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós- Graduação em Engenharia de Produção, Sociedade Educacional de Santa Catarina, Instituto Superior Tupy, Joinville, 2012.). O modelo proposto por Macedo (2008) está baseado no processo de criação de conhecimento de Nonaka e Takeuchi (1997NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa. 13. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.). No entanto, nesta pesquisa o modelo foi adaptado, ao invés das cinco fases do processo de criação do conhecimento de Nonaka e Takeuchi (1997NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa. 13. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.), foram utilizados os dez processos de GC (seção 2) identificados na literatura, as vinte e uma práticas de LC (seção 3) e as características inerentes aos processos de gestão do conhecimento aplicados em bibliotecas (quadro 1).

Cabe ressaltar, portanto, que se trata de um modelo genérico, que possibilita a utilização ou adaptação de quaisquer outros construtos referentes a qualquer outro domínio, ao modelo. Considera-se, ainda, como limitação metodológica do estudo, a pequena amostra consultada (dois especialistas) e apenas a visão e a experiência desses especialistas.

4.1 Processos de GC aplicados em bibliotecas

Definição 1: os processos de gestão do conhecimento, identificados na revisão de literatura realizada, podem ser representados em um vetor P = {sistemas para melhorar a comunicação; avaliação-auditoria-identificação do conhecimento; compartilhamento-disseminação-transferência do conhecimento; aprendizagem contínua-cultura de aprendizagem-educação continuada; criação-aquisição de novos conhecimentos; captura-retenção do conhecimento; parcerias com outras bibliotecas; organização do conhecimento; aplicação- utilização do conhecimento e armazenamento-documentação do conhecimento}.

4. 2 Práticas do modelo Learning commons

Definição 2: as práticas do modelo Learning commons podem ser representadas em um vetor S = {Espaços: colaborativos; dinâmicos; confortáveis e flexíveis; estudo em grupo, estudo individual, interdisciplinar, criativos, inovadores, alimentação (cafés), reuniões, seminários, recepções, workshops e eventos culturais. Recursos Tecnológicos: estações de trabalho-clusters de computador, VLC - virtual Learning commons e laboratório multimídia. Serviços: apoio acadêmico, centros de ensino-aprendizagem para apoiar o corpo docente, balcão de atendimento-mesa de serviço-referência e instrução em competência informacional. Gestão: planejamento colaborativo, alinhamento com a visão, missão e valores da instituição, avaliação do LC e liderança descentralizada}.

4.3 Características inerentes aos processos de GC e práticas de LC

Definição 3: os processos de GC e as práticas do modelo Learning commons têm características que podem ser representadas em um vetor C = {comunicação eficaz; comunicação interna; identificação das lacunas de conhecimento; identificação dos fluxos de conhecimento; identificação das necessidades e dos requisitos dos usuários; recursos e serviços de conhecimento acessíveis; cultura de compartilhamento de conhecimento; obtenção de conhecimento e desenvolvimento de competências; interação entre o conhecimento tácito e explícito; codificação e documentação do conhecimento; seleção e aquisição de recursos de informação; acesso a recursos externos de informação-conhecimento; uso criativo do conhecimento; organização e representação de documentos; criação de produtos e serviços de conhecimento; inovação de serviços; aplicação de novos conhecimentos e preservação e recuperação do conhecimento}.

4.4 Contexto dos processos de GC

Nos processos de gestão do conhecimento aplicados em bibliotecas, identificados na revisão de literatura realizada, é possível estabelecer um contexto para cada um deles, representado pelas características neles presentes.

Definição 4: formalmente, o contexto dos processos de GC é dado pela tripla Kp = (P, C, PC), que consiste em um conjunto P de processos, um conjunto C de características e uma relação binária PC ( P ( C:

  1. (p, c) ( PC se lê como “o processo p tem a característica c”;

  2. PC é dado por uma matriz [Processos, Características] com valores 0 e 1, onde se tem o valor 1 quando a característica está presente no Processo e 0, em caso contrário

4.5 Contexto do modelo Learning commons

As práticas de Learning commons possibilitam estabelecer um contexto para cada uma delas, representadas pelas características nelas presentes.

Definição 5: formalmente o contexto do modelo Learning commons é dado pela tripla Ks= (P, C, PC), que consiste em um conjunto S de práticas de Learning commons, um conjunto C de características e uma relação binária PC ( P ( C:

  1. (p, c) ( PC se lê como “a prática p tem a característica c”;

  2. PC é dado por uma matriz [Práticas, Características] com valores 0 e 1, onde se tem o valor 1 quando a característica está presente na prática e 0, caso contrário.

4.6 Suporte dos processos de GC

O suporte de cada processo de GC é dado pelo número de características presentes em cada processo.

Definição 6: formalmente, o suporte dos processos de GC é dado pela dupla SupP = (P, SP), que consiste em um conjunto P de processos e um conjunto SP de valores inteiros, onde: a) SPi = ∑ PCi,j j=1 ...18.

4.7 Suporte da associação de cada prática de LC aos processos de GC

O suporte da associação das práticas de Learning commons a um processo de GC pode ser avaliado pela quantidade de características das quais a prática e o processo compartilham.

Definição 7: o suporte da associação de cada prática de LC aos processos de GC é dado pela tripla SupA (PC, PC, SPP), que consiste em uma relação de contexto de práticas PC, uma relação de contexto dos processos PC e uma relação de suporte SPP ( PC ( PCT:

  1. SSP é dado por uma matriz SSP [Práticas, Processos];

  2. SPP [Práticas, Processos] = PC [Práticas, Características] x PCT [Características, Processos].

4.8 Confiança da associação de cada prática de LC aos processos de GC

A confiança da associação de cada prática é dada pela relação entre o suporte da associação de uma prática (definição 7) e o suporte dos processos (definição 6).

Definição 8: a confiança da associação de cada prática, nos processos de gestão do conhecimento, é dada pela relação do número de características presentes, simultaneamente, nas práticas e processos pelo número de características dos processos:

  1. fator de Confiança da associação do serviço aos processos = Suporte da Associação de práticas aos processos e Suporte de cada processo;

  2. confPP [Práticas, Processos] = SPP [Práticas, Processos] / SP [Processos].

5 Aplicação do modelo

Esta seção consiste na aplicação do modelo, o qual visa analisar a relação entre as características e os processos de gestão do conhecimento e a relação entre as características dos processos de gestão do conhecimento e as práticas de Learning commons.

5.1 Características inerentes aos processos de gestão do conhecimento

Cada um dos processos de GC aplicados em bibliotecas possui uma série de características apresentadas no Quadro 2. Para enunciar essas características foi utilizado o referencial teórico exposto na seção 2. Estas características também se estendem às práticas de Learning commons.

Quadro 2 -
Características inerentes aos Processos de Gestão do Conhecimento aplicados em Bibliotecas

5.2 Contexto dos processos de GC

Os processos de GC foram analisados quanto às suas características de acordo com os respectivos contextos. Em cada processo de GC identificado, foi possível estabelecer um contexto apropriado para facilitar a aplicação dos processos de GC. Esse contexto é descrito em cada um dos processos e é representado pelas características neles presentes, conforme ilustra a Tabela 1, preenchida a partir do embasamento teórico, onde 1 representa que há relação entre linha e coluna.

Tabela 1 -
Contexto dos Processos de GC

5.3 Contexto do Learning commons

As práticas de Learning commons, anteriormente apresentadas na seção 3, foram analisadas quanto às suas características, determinando-se os respectivos contextos. Esse contexto é descrito em cada uma das práticas e é representado pelas características nelas presentes, conforme ilustra a Tabela 2, preenchida a partir do embasamento teórico, onde 1 representa que há relação entre linha e coluna.

Tabela 2 -
Contexto do Learning commons

5.4 Suporte de cada processo

Na Tabela 3, abaixo, exibe-se o suporte de cada processo de GC, isto é, o número de características presentes em cada processo de GC identificado na revisão de literatura.

Tabela 3 -
Suporte dos Processos de GC

5.5 Suporte da associação de práticas de Learning commons aos processos de gestão do conhecimento

A associação de uma prática de LC a um processo de GC pode ser avaliada, conforme consta na Tabela 4, pela quantidade de características que cada prática e processo compartilham.

Tabela 4 -
Suporte da associação das práticas de LC aos processos de GC

5.6 Confiança da associação de cada prática de LC aos processos de GC

A partir dos suportes são calculados os valores de confiança. Conforme consta na Tabela 5, a confiança da associação de cada prática de LC aos processos de GC é dada pela relação do número de características presentes, simultaneamente, nas práticas e processos divididos pelo número de características de cada processo.

Tabela 5-
Confiança da associação de cada prática de LC aos processos de GC

6 Validação do modelo

Para validar o modelo proposto foram realizadas entrevistas guiadas com duas especialistas, com o objetivo de que pudessem responder livremente sobre o modelo.

Com o intuito de sintetizar a opinião das especialistas com relação ao modelo apresentado, elaborou-se o Quadro 3, a seguir. A análise dos resultados do processo de validação foi feita seguindo alguns critérios. São eles: viabilidade da abordagem, pontos fortes do modelo, fraquezas do modelo e sugestões. No quadro apresenta-se um resumo das respostas das entrevistas.

Quadro 3-
Resumo das entrevistas

6.1 Viabilidade da abordagem

As especialistas entrevistadas consideram o modelo útil e interessante, sendo que o LC possibilita a aprendizagem por meio de um processo mais interativo em ambientes colaborativos e inovadores, além de ter uma relação direta com a GC, contribuindo para a sua implementação nas bibliotecas. No contexto desta pesquisa ficou bem nítida essa relação.

6.2 Pontos fortes do modelo

As especialistas afirmam que as bibliotecas precisam manter-se competitivas e ter seus esforços concentrados e voltados às necessidades dos seus usuários. Nesse sentido, o modelo vai ao encontro do conceito de biblioteca moderna e pode aprimorar as práticas de LC e processos de GC, facilitando a produção do conhecimento. Além disso, a especialista dois mencionou que os conceitos do modelo não estão tão difundidos, e por mais que as pessoas saibam o conceito, às vezes não sabem como sair da teoria para a prática. Por isso, o modelo é considerado esclarecedor e interessante.

6.3 Fraquezas do modelo

Apenas a especialista um apontou algumas fraquezas no modelo; ela o considerou um pouco complexo, requerendo conhecimento e estudo prévio dos gestores de bibliotecas para a sua utilização e aplicação. Dessa forma, ela afirma que, na prática, o modelo poderia ser mais utilizado para uma avaliação da gestão da biblioteca e para o planejamento de novas ações e processos, considerando os valores de confiança apresentados no modelo.

6.4 Sugestões

Com relação a sugestões sobre o modelo, a especialista um aponta que seria interessante novos estudos com a definição de uma metodologia para aplicação mais prática e análise de resultados do modelo em bibliotecas. Ela também ressalta que seria interessante uma avaliação por parte dos usuários, identificando entre as práticas de LC o grau de importância e interesse. Dessa forma, ela afirma que as bibliotecas teriam métricas relacionadas diretamente com as necessidades de seus usuários.

Além disso, ambas as especialistas afirmaram que o modelo seria mais atrativo e elucidativo se utilizasse de recursos visuais para a sua apresentação.

7 Considerações finais

Pode-se constatar com esta pesquisa que a gestão do conhecimento é fundamental para o sucesso e o desenvolvimento das bibliotecas. Da mesma forma, o modelo Learning commons vem sendo amplamente desenvolvido nas bibliotecas, pois são espaços colaborativos que propiciam a criação e o compartilhamento de conhecimento.

Os principais achados da pesquisa foram, portanto, a identificação dos dez processos de GC que são comumente aplicados em bibliotecas; a identificação das 18 características inerentes aos processos de GC, e as vinte e uma práticas de LC identificadas na revisão literatura. Esses achados representaram a base para a aplicação do modelo apresentado.

Assim, na aplicação do modelo foi estabelecido um contexto entre os processos de GC representado pelas características neles presentes. Identificou-se que os processos de GC possuem de três a oito características, sendo que o processo de parceria com outras bibliotecas detém o menor número de características (três), e o processo de compartilhamento-disseminação-transferência do conhecimento possui o maior número, oito características.

Da mesma maneira, foi estabelecido um contexto entre as práticas de LC, representado pelas características dos processos de GC nelas presentes. Identificou-se que as práticas de LC possuem de duas a onze características, sendo que as práticas relacionadas a espaços: confortáveis e flexíveis, estudo individual, criativos e alimentação (cafés) detêm apenas duas características. Referente aos recursos tecnológicos, a prática de estações de trabalho-clusters de computador também possui duas características. Com relação à gestão, as práticas de alinhamento com a visão, missão e valores da instituição e avaliação do LC também têm duas características cada uma. Já, a única prática que possui onze características é a de espaços colaborativos.

Com a análise dos dados pode-se concluir, portanto, que os valores de confiança estabelecidos entre as práticas de LC e os processos de GC são os principais resultados da pesquisa. Deste modo, os valores de confiança mais expressivos são: a prática de espaços colaborativos que apresenta uma confiança de 100% com os processos de Compartilhamento-Disseminação-Transferência do conhecimento e Parcerias com outras bibliotecas. Já, a prática de espaços dinâmicos não obteve valor de confiança (0%) com cinco processos. A prática de espaços de estudo individual possui baixos valores de confiança com todos os processos. O processo que possui o maior valor (16.67%) é com o processo de Avaliação-Auditoria-Identificação do conhecimento. A prática de espaços de Reuniões, seminários, recepções, workshops e eventos culturais detém 100% de confiança com o processo de parcerias com outras bibliotecas e 71,43% com o processo de aprendizagem contínua - Cultura de aprendizagem - Educação continuada. Com relação às práticas de recursos tecnológicos, a prática de Virtual Learning Commons - VLC possui o maior valor de confiança (66,67%) com o processo de Parcerias com outras bibliotecas. A prática de apoio acadêmico, referente a serviços, tem o maior valor de confiança (66,67%) com o processo de Parcerias com outras bibliotecas. A prática de planejamento colaborativo, referente à gestão, possui o maior valor de confiança (60%) com o processo de Sistemas para melhorar a comunicação. A prática de avaliação do LC possui baixos valores de confiança, sendo o de maior valor (16,67%) com o processo de Avaliação-Auditoria-Identificação do conhecimento.

Por fim, por meio da análise das entrevistas com as especialistas, evidenciaram-se alguns pontos positivos sobre o modelo, tais como: o modelo é útil e interessante; vai ao encontro do novo paradigma das bibliotecas modernas e demonstra que a GC pode ser implementada em bibliotecas por meio das práticas de LC. Do mesmo modo, algumas sugestões foram apresentadas pelas especialistas, as quais podem ser realizadas em trabalhos futuros, são elas: novos estudos com a definição de uma metodologia para aplicação mais prática e análise de resultados do modelo em bibliotecas e a apresentação do modelo por meio de recursos visuais. Além disso, sugere-se que em trabalhos futuros o modelo possa ser automatizado e validado em outros tipos de bibliotecas. Porém, a inclusão ou não destas sugestões não afeta a eficácia e utilidade do modelo.

Com essa pesquisa, portanto, pôde-se constatar que a gestão do conhecimento pode ser um importante instrumento para as bibliotecas se manterem competitivas e inovadoras. E, ainda, observou-se que o modelo Learning commons vai ao encontro dessa premissa, por ser um modelo com foco no aluno, colaborativo e inovador, cada vez mais implementado nas bibliotecas. Diante disso, nossa principal contribuição com esta pesquisa foi a de mostrar um caminho metodológico útil para analisar as contribuições das práticas de LC para o processo de GC em uma biblioteca.

Referências

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    15 Jul 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    10 Jan 2024
  • Aceito
    04 Fev 2024
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