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Desigualdade educacional nos exames de larga escala e a jornadas escolares extendidas: uma análise da rede pública de ensino médio de Pernambuco (Brasil)

Resumo

Este artigo analisa a relação entre jornadas em tempo integral e desigualdade escolar em Pernambuco, Brasil. Usando resultados de testes padronizados no nível escolar, testamos a hipótese da curva em U invertido proposta inicialmente por Simon Kuznets em 1955 e adaptada com foco na expansão e desigualdade escolar por Rati Ram em 1990. Para isso, construímos uma análise de dados em painel, com dados agregados por região e notas em testes padronizados como variável de saída. Originalmente, as hipóteses descrevem uma curva em formato de U invertido correlacionando eficácia e desigualdade escolar. Ou seja, num primeiro momento, a expansão da escolaridade aumenta a desigualdade e depois a diminui a partir de um ponto crítico. No entanto, descobrimos que a relação segue uma forma de U regular, com uma diminuição inicial e um aumento da desigualdade após o ponto crítico. Também é inferido que a equidade do resultado está mais ligada aos efeitos da diversidade da tipologia escolar, da localização das escolas e da forma como a região é desenvolvida.

Ensino Integral; Desigualdade; Eficacia Educacional

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