Resumo
No presente artigo assumimos o objetivo de elucidar a relevância de se tomar o amor como falta enquanto objeto de estudo da educação escolar, abordando-o, especialmente a partir da educação moral. Para tanto, partimos de uma revisão bibliográfica sobre o tema, evidenciando a tensão entre razão e emoção que permeou a compreensão sobre o amor, bem como a valorização do amor marcado pela falta. Em contraposição a tais entendimentos, enfatizamos uma perspectiva que compreende que o amor requer retribuição, tratando-se, portanto, de uma relação que não se sustenta unilateralmente e, de igual modo, salientamos a necessidade do autoconhecimento, do autocuidado e da autoestima. Com base em tais apontamentos, destacamos a importância de uma abordagem pedagógica sobre o tema e explicitamos as justificativas e os possíveis caminhos metodológicos e epistemológicos que sustentam uma abordagem pedagógica acerca do amor, entendendo, pois, que a educação formal apresenta-se como um terreno profícuo para que a afetividade seja trabalhada de maneira pedagógica, visando favorecer a tomada de consciência acerca dos sentimentos e das ações que pautem a vivência de relações afetivas e amorosas mais justas e igualitárias. Nessa direção, apontamos o amor como um tema transversal e interdisciplinar do currículo escolar, que colabora para a educação moral. Para tanto, dentre outros reconhecidos caminhos, daremos enfoque à metodologia da resolução de conflitos e à estratégia de projetos.
Amor como falta; Educação moral; Resolução de conflitos; Estratégia de projetos