Resumo
No início do ano de 2020, a pandemia de COVID-19 foi deflagrada. Como medida de preservação da vida, as escolas foram fechadas por tempo indeterminado. Dentro dessa nova realidade, houve a necessidade de adaptação de algumas atividades básicas e essenciais, como a educação. Nesse sentido, o artigo objetiva apresentar as alternativas encontradas por docentes atuantes na educação infantil para desenvolver questões motoras, corporais e interpessoais com crianças de zero a cinco anos de idade no período de ensino remoto emergencial. A metodologia da pesquisa é de cunho qualitativo e de caráter exploratório. A teoria fundamentada nos dados foi o método de análise de vinte e dois questionários aplicados a professores que atuaram nessa modalidade nesse período. Qual o papel da família em meio ao ensino remoto emergencial? Quais as possibilidades para o movimento e para a corporeidade nesse novo contexto? Quais limitações a pandemia ocasionou no contexto das interações sociais na educação infantil? A partir dessas problematizações, as categorias que emergiram da análise foram as interações e o movimento corporal, bem como a relação das famílias com o ensino e a aprendizagem. Os resultados apontam que o ensino remoto emergencial ocasionou um rompimento no que se refere aos eixos estruturantes da educação infantil; reforçou a imprescindibilidade das experiências vividas por meio do corpo e das interações com o outro; ressaltou a necessidade de metodologias possíveis para ressignificar a importância de estar presente no espaço da escola e a potência dos vínculos afetivos construídos nos encontros presenciais.
Palavras-chave Educação infantil; Pandemia; Covid-19; Corporeidade