Posições |
Trechos destacados |
Síntese analítica |
Disposição pessoal |
“Eu tenho a impressão que quem passa pela atividade de extensão tem uma experiência de sala de aula, de sala hospitalar, de museu, de encontro com o outro” (Coord. PROG II).
“E, como eu tive o contato tão cedo com a extensão e logo nessa área, quando eu pisei o pé na sala de aula pela primeira vez, foi justamente na Maré […]. E eu saí daquele dia eu falei assim: ‘Caramba eu sou pra isso. Eu quero isso para vida toda, sabe?’” (Estudante 2 PROG III).
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Nota-se o desenvolvimento da disposição pessoal, pois ela depende de um posicionamento no “ser professor” e, nesse sentido, da criação de oportunidades para que, mediante esse posicionamento, as predisposições para a profissão docente sejam autoconhecidas e autoconstruídas, transformando-se em uma disposição pessoal para ser professor. |
Interposição profissional |
“Eu acho que assim, tanto a extensão, com mais força, quanto a prática de ensino são espaços que possibilitam uma aproximação do ser professor antes de ser realmente professor. São espaços onde, pela primeira vez, esse aluno ele vai experimentar a docência antes mesmo do diploma. A gente subverte. A extensão possibilita isso” (Coord. PROG III).
“Eu fiz todos os estágios e a extensão na mesma escola e vejo colegas que fazem estágio em outras escolas que não têm a relação horizontal que eu tenho na extensão, em seus estágios. De atuar com liberdade e parceria. […] acompanhar a rotina da turma, planejar com a professora” (Estudante PROJ A).
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Nota-se o desenvolvimento da “interposição profissional”, pois ela depende de um posicionamento no “sentir-se professor” e, para tal, viver a sala de aula é essencial. Estar na escola e na presença de professores não é suficiente se essa relação não for construída na certeza do diálogo e no reconhecimento do papel e da função formadora que os professores, a escola e a profissão têm. Neste sentido, é necessário que essa vivência envolva os estudantes, e tal envolvimento depende de tempo, continuidade, confiança, diálogo e parceria. |
Composição pedagógica |
“Essas meninas atuam dentro da sala de aula junto com os professores. E a ideia é que elas possam construir junto com esses professores projetos que tirem também os professores do lugar e, ao mesmo tempo, trabalhem com a formação dessas meninas graduandas” (Coord. PROJ A).
“Então eu levo o que eu sei pra lá e aprendo muito com eles. E aí a gente coloca em prática isso com as turmas. A gente faz um projeto, pensa no dia a dia mesmo. Então acho que é essa troca horizontal, essa formação horizontal, né” (Estudante PROJ A).
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Nota-se o desenvolvimento da “composição pedagógica”, visto que ela depende de um posicionamento que favoreça um “agir como professor” e, para isso, o convívio com professores é fundamental. Ter profissionais experientes como fonte de conhecimento e situações reais como objeto de estudo. |
Recomposição investigativa |
“A gente tem então essa atuação, e aí elas estão em sala de aula, têm encontros internos na escola, inclusive com a coordenação, que acompanha também o trabalho, e têm encontros com uma professora do Colégio de Aplicação que vai trabalhar com elas uma vez por semana a partir do que elas vivem na escola” (Coord. PROJ A).
“Eu não consigo dissociar. Eu não consigo dissociar isso de pesquisa, porque eu trago aquilo que meu aluno falou dentro da sala para o movimento da universidade, eu converso sobre aquilo na universidade, eu transformo isso para poder chegar ao meu aluno” (Estudante 2 PROG III).
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Nota-se aqui o desenvolvimento da “recomposição investigativa”. Essa é uma dimensão da formação que depende de um posicionamento que permita que o professor em formação inicial possa se “conhecer como professor”. Para tal, torna-se fundamental que seja incorporada à atuação profissional uma dinâmica de pesquisa que envolva a análise sistemática do trabalho, o registro e a troca dos conhecimentos desenvolvidos. |
Exposição pública |
“Eu fico olhando assim como que a gente tá construindo uma rede muito forte e consolidada de pessoas que mais do que trabalhar na educação de jovens e adultos, militam pela educação de jovens e adultos, acreditam na educação de jovens e adultos” (Coord. PROG III).
“Você sai do seu modo acadêmico e você entra no modo eu sou um sujeito, eu sou uma pessoa e aqui eu vou desenvolver um trabalho também com pessoas. Então eu senti muito isso” (Estudante 1 PROG III).
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Observamos o desenvolvimento da “exposição pública”. Ela depende de um posicionamento que assegure uma “intervenção como professor”. Desenvolver essa posição é consentir com a participação mais ampla da sociedade, e isso não é possível sem viver o que está fora do meio acadêmico, externo aos muros da universidade. |