O propósito deste artigo é defender a importância de estudos psicológicos das virtudes morais (como generosidade, coragem, humildade, fidelidade etc.). Tal defesa é realizada de várias formas. Do ponto de vista filosófico, o tema das virtudes não somente é clássico (Ver Aristóteles, por exemplo) como tem sido rediscutido por autores contemporâneos descontentes com as limitações da ética moderna, em geral baseada no conceito de direito. Do ponto de vista psicológico, o autor defende a idéia segundo a qual as virtudes morais não somente participam da gênese da moralidade, como representam traços de caráter essenciais à coesão da personalidade moral. Tal perspectiva está, de certa forma, anunciada na obra de Piaget sobre o juízo moral, como em autores outros como Tugendhat. Ela está também presente nos estudos sobre a relação entre o sentimento de vergonha e a ética. Finalmente, aponta-se que, no que se refere à educação moral, as virtudes podem representar um tema rico e sugestivo para a reflexão das crianças e adolescentes.
Moral; Virtudes; Desenvolvimento; Caráter