Esse estudo investiga possíveis relações entre satisfação com atividades de tempo livre e percepção do uso desse tempo (organização, quantidade, aproveitamento) e o bem-estar pessoal de 1588 adolescentes do Rio Grade do Sul entre 12 e 16 anos (M = 14,13; DP = 1,26). Foi utilizado o Personal Wellbeing Index (PWI) e dois questionários que avaliam satisfação com atividades de tempo livre e percepção sobre o seu uso. Atividades que envolvem interação social e desenvolvimento de habilidades físicas e intelectuais são preditoras de bemestar. O mesmo não ocorre com atividades relacionadas à música, internet, celular e videogames. A percepção de boa organização e aproveitamento do tempo livre também se associa ao bem-estar. Análises secundárias mostram diferenças de gênero, faixa etária e instituição onde estuda em relação às variáveis investigadas. Discutem-se as características das atividades de tempo livre promotoras de bem-estar e a importância da autonomia e do controle dos adolescentes sobre as atividades que realizam.
tempo livre; bem-estar; adolescentes