Resumo
Este estudo investiga a afirmação de Justi e Roazzi (2012) de que a consciência morfológica não contribui, de forma independente, para a leitura, quando se controla a influência das habilidades cognitivas e da consciência fonológica. Cento e quatorze crianças provenientes do 2º e 4º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública participaram do estudo em que foram avaliadas quanto à consciência fonológica, às habilidades cognitivas e à consciência morfológica. Os resultados mostraram que, após o controle da idade, as habilidades cognitivas e a consciência fonológica, a consciência morfológica derivacional ainda contribuiu para a leitura de palavras. Não houve resultados significativos das contribuições da consciência morfológica para a compreensão da leitura. Esses resultados indicam que a consciência morfológica é relevante para a aquisição de leitura de palavras em português do Brasil e levantam a questão se a contribuição para compreensão de texto não é indireta, via leitura de palavras.
Palavras-chave:
consciência morfológica; leitura; compreensão de texto; alfabetização