DOCUMENTOS
Educar em Revista: uma história, um perfil, um projeto
Cláudio de Sá Machado JúniorI; Marcus Levy BencosttaII
IUniversidade Federal do Paraná. Curitiba, Paraná, Brasil. R. General Carneiro, nº 460. CEP: 80.060-150. Editor Adjunto da Educar em Revista
IIEditor da Educar em Revista
É de saber público que atualmente a Educar em Revista, publicação do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), caracteriza-se como um periódico de excelência no país, contando com colaboração de renomados autores nacionais e internacionais, que lhe rendeu o estrato indicativo de qualidade A1 junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ou seja, o índice mais elevado atribuído pela instituição. Mas a conquista deste resultado no presente se deve à construção de uma longa trajetória, que remete aos auspícios de criação, no fim da década de 1970. A intenção deste texto, portanto, é: 1) trazer ao conhecimento público um pouco da história da Educar em Revista, tendo como apoio a leitura de seus editoriais; 2) apresentar o perfil da revista em quadros quantitativos, caracterizados ao longo dos seus 36 anos de existência e 49 números (51 considerando a numeração inicial); e 3) apresentar de forma sucinta a proposta do Projeto Memória, que tem por intenção a disponibilização online e a publicidade de todas as edições da Educar em Revista.
Vestígios históricos
O início da história da Educar em Revista remete ao ano de 1977, com a denominação Revista de Educação. O editorial, assinado no mês de março, foi assinado por Lauro Esmanhoto, que na época era coordenador do Curso de Mestrado em Educação da UFPR. A revista foi apresentada com a função de ser um "repositório intelectual"1 1 ESMANHOTO, Lauro. Editorial. Revista de Educação, Curitiba, ano 1, v. 1, n. 1, p. 3, 1977. voltado para a divulgação de estudos, pesquisas e monografias de professores e alunos do referido curso. Preocupava-se, portanto, em dar visibilidade à sua produção interna, sendo o periódico um instrumento de circulação do saber produzido pelo Setor de Educação, criado poucos anos antes, em 1973. O primeiro número dedicou-se à disciplina de Introdução à Educação Brasileira e caracterizava-se por uma abordagem panorâmica e geral da história da educação no Brasil.
A segunda edição somente viria a ser publicada no ano seguinte, em 1978, cuja apresentação ficou a cargo de Rejane de Medeiros Cervi, vinculada ao Departamento de Planejamento e Administração Escolar do Setor de Educação da UFPR. A revista segue a mesma proposta da edição anterior: divulgar a produção engendrada pelo grupo institucional de professores, em especial, contando com a colaboração de diferentes departamentos, conforme a composição do setor naquele momento. Desta vez a preocupação temática direcionou-se à área de Currículo, intencionando integrar linhas de pesquisa e consolidar uma plataforma acadêmica para seus programas educacionais. O segundo número da Revista de Educação também seria o último com esta nomenclatura, visto a lacuna que se abriria entre essa e próxima publicação.
Reiniciando sua numeração, o periódico passou a se chamar Educar - Re vista do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná, cuja publicação ocorreu no ano de 1981. Seu editorial veio assinado por José Alberto Pedra, apresentando a revista como a substituta de sua anterior, e sendo seu surgimento de fundamental importância, visto o contexto de transformações em que as instituições escolares estavam submetidas a rigorosas análises e avaliações quanto a sua estrutura, sua função e sua prática. O primeiro número da Educar, ou terceiro considerando as duas publicações anteriores, trouxe em sua capa, como marca d'água, uma silhueta do Prédio Central da UFPR, localizado na Praça Santos Andrade, centro de Curitiba. Proposta que se modificaria na edição seguinte, optando por trazer em sua capa o sumário de artigos, opção mantida até a edição de 1989.
A necessidade imposta pelos parâmetros editoriais científicos ficou expressa no editorial de 1982, assinado por Relinda Köhler, que mencionava a necessidade de "publicar ou perecer"2 2 KÖELER, Relinda. Editorial. Educar - Revista do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, v. 2, n. 1, p. 3, 1982. , sendo esta a palavra de ordem de intelectuais, cada qual vinculado a suas respectivas instituições. A consolidação da Educar no meio editorial, apesar de direcionar-se quase que exclusivamente à produção acadêmica do Setor de Educação, certifica-se pela tiragem, cuja edição do ano de 1987, por exemplo, já indicava 500 exemplares. Na edição seguinte, de 1988, Antônio Lineu Carneiro agradece não somente aos seus contemporâneos, mas também aos seus antecessores que possibilitaram que o periódico chegasse naquele patamar específico. No entanto, uma nova fase para o periódico ainda estaria por vir. A publicação da edição de 1989, cujo editorial foi assinado por Archimedes Peres Maranhão, diretor do Setor de Educação naquele momento, foi sucedida por uma nova lacuna.
A próxima edição somente veio a ser publicada no ano de 1993, sendo a principal novidade, anunciada por José Vicente A. N. Miranda, a parceria feita entre a revista e a Editora da UFPR. A mudança alterava pela terceira vez a nomenclatura do periódico, que passou a se chamar Educar em Revista, rubrica que se mantem até os dias atuais. As modificações atingiram também o seu layout interno. Suas capas ganharam cores mais intensas, além da modificação de sua logomarca, que adotou um novo padrão que rompia com o comportado formato estético das edições anteriores. O motivo da lacuna aberta entre esta edição de 1993 e sua antecessora, de 1989, é indicada por José Vicente pela persistente carência de recursos orçamentários e financeiros, entre um dos motivos principais. O aprimoramento do processo editorial da Educar em Revista também foi expresso na edição de 1994, assinado por Acácia Zeneida Kuenzer, diretora do Setor de Educação naquele momento, mencionando a importância de um "processo editorial exemplar"3 3 KUENZER, Acácia Zeneida. Editorial. Educar em Revista, Curitiba, n. 10, p. 3, 1994. , marcado por atitudes éticas, plurais e compromissadas.
No entanto, as repercussões econômicas atribuídas ao contexto político daquele momento ainda seria repercutido nas edições conseguintes, cujas dificuldades enfrentadas pela falta de investimento em pesquisas seriam também sentidos nos projetos editoriais. Mas apesar das dificuldades, a Educar em Revista manteve sua periodicidade sem mais interrupções. Em 1997, modificou novamente a arte de sua marca, mas desta vez sem modificar a sua nomenclatura e sem abrir mão das cores intensas e demais atributos visuais de que se apropriou desde 1993. As modificações internas de maior significação ocorreram em 1998, que marcava a publicação do seu 14º número e, concomitantemente, 14 novas diretrizes em sua linha editorial.
A partir de 1998 passou-se a adotar o que se chamou um modelo misto, caracterizado na sua essência pela incorporação de dossiês temáticos, que seriam definidos previamente pelo Conselho Consultivo da Educar em Revista para cada uma de suas novas edições, sendo o restante dos artigos caracterizados por temas diversos, analisados pelo Comitê Editorial. Estas diretrizes editoriais adotadas no final da década de 1990 são as que vigoram, com pontuais modificações, até a contemporaneidade. Cada edição da Educar em Revista passou a adotar na capa a informação sobre os títulos de seus dossiês temáticos, como ocorreu com a edição de 1999, cujo título designou-se Crianças e Adolescentes Excluídos: ações e reflexões.
A periodicidade da Educar em Revista mante-se anual até a edição de número 16, publicada no ano de 2000. É neste momento que a Capes inicia o processo de criação do Qualis, que será responsável pela criação dos índices de avaliação dos periódicos em suas respectivas áreas. O editor na época sinalizou esta preocupação, indicando naquele editorial que a revista buscou avanços de indexação, periodicidade, atualização, avaliação externa por pares e padronização de normatização e impressão. A partir de 2001, o periódico passou a ser publicado em dois volumes anuais, ou seja, sua periodicidade passou a ser bimestral. Neste momento marca-se outro importante avanço na trajetória da revista: a consolidação da publicação eletrônica, que inicialmente seria vinculada a site próprio, mas posteriormente se agregaria ao Sistema Eletrônico de Revistas (SER) da UFPR. Mais do que manter os números atuais, surgiu também a necessidade de reedição de números anteriores, visto a procura por estes, indicada através de um dos seus editoriais.
Em 2002, noticiou-se o credenciamento do Curso de Doutorado em Educação da UFPR como um incentivo para a busca de aperfeiçoamentos frente aos empreendimentos editoriais da revista. A periodicidade bimestral anunciava-se como algo que logo seria superado. Em 2003, a Educar em Revista contou pela primeira vez com a publicação de dossiês especiais, com a edição do volume Trabalho, Educação e Linguagem, prática que se repetirá nos anos de 2006, 2010 e 2011.
Neste sentido, a primeira década do século XXI, portanto, caracteriza um momento de estabilidade e amadurecimento profissional do projeto editorial do periódico do Setor de Educação da UFPR, mantendo a regularidade de suas publicações, destacando-se pelas proposições de seus dossiês temáticos e pela diversidade de outras publicações editadas sob demanda contínua.
Na constante busca pela excelência, uma das conquistas mais significativas da Educar em Revista ocorreu em maio de 2007, quando o periódico foi admitido à coleção da Scientific Electronic Library Online (SciELO). A disponibilidade do periódico também na Coleção SciELO significou o ápice de seu reconhecimento como uma das mais importantes publicações do país na área de Educação. Dois anos mais tarde, em 2009, assumiu em definitivo a periodicidade trimestral, mas chegou a publicar, em 2010, cinco números em um único ano, sendo três números sequenciais e dois especiais. Durante este período, a Educar em Revista foi se credenciando em importantes indexadores internacionais, como a Red de Revistas Científicas de América Latina y el Ca ribe, España y Portugal (Redalyc), anunciada no editorial da edição de número 38, em 2010. No ano seguinte, em 2011, o periódico tornou-se quadrimestral, contando eventualmente com a publicação de números especiais, sendo esta a periodicidade que se mantem até a contemporaneidade.
A história da Educar em Revista, portanto, remete ao ano de 1977, quando do lançamento da Revista de Educação, que em seguida passaria a se chamar simplesmente Educar. Sua proposta inicial consistia em dar visibilidade à produção elaborada dentro do próprio Setor de Educação da UFPR, permanecendo com este princípio por um longo período. Após um novo processo de restruturação, a partir dos anos 2000, o periódico adotou uma política editorial que lhe assegurou, gradativamente, um lugar de destaque no cenário nacional. Apesar de disponível em duas plataformas eletrônicas, o SER institucional da UFPR e a SciELO, a Educar em Revista mantem a tradição da sua publicação impressa, e continua incorporando as inovações propostas pelo cenário editorial científico, ciente de que ainda há muitas páginas de história a serem escritas ao longo das próximas décadas.
Números em revista
Após uma constatação dos vestígios históricos deixados ao longo da trajetória da Educar em Revista, cabe a verificação de alguns números coletados entre todas as suas edições, de 1977 a 2013, ou seja, dos primeiros números do formato da Revista de Educação à edição mais recente, anterior a esta, de número 50. Portanto, consideramos aqui os números da Educar em Revista desde 1977, cujos dados são mais extensos, mas que os autores optaram por publicar aqui apenas uma síntese desses.
Ao longo destes 36 anos, considerando as diferentes periodicidades do periódico, verificou-se uma quantidade de aproximadamente 735 artigos. O número de autores, por sua vez, é ainda maior, sem considerar aqueles que publicaram na revista mais de uma vez: aproximadamente 1.124 em números totais. A primeira verificação que podemos realizar no que diz respeito ao número de autores é a proporção em que estes se apresentaram entre homens e mulheres. O processo de "feminilização" tanto docente quanto discente, apontam estudos a respeito, repercute também no Ensino Superior, e em especial na área de Educação. A produção de artigos feitos por mulheres foi, em números aproximados, praticamente o dobro dos artigos feitos por homens. Enquanto verificou-se 744 artigos em que mulheres foram autoras, apenas 382 indicam-se pela autoria de homens. A Tabela 1, a seguir, especifica esta consulta.
As mulheres, entre docentes-pesquisadoras e pós-graduandas, representam 66% dos autores que tiveram artigo publicado entre 1977 e 2013 na revista do Setor de Educação da UFPR. Os homens, por sua vez, representam 34% desta parcela. A Tabela 1 é significativa para caracterizar não somente uma ideia do perfil de sexo dos autores da revista, mas também para reforçar o protagonismo feminino na produção do saber das ciências pedagógicas, dentro das mais diferentes áreas da educação. Por outro lado, os dados podem ser vistos como reflexo de convenções histórico-culturais específicas, segmentando homens e mulheres em diferentes funções sociais. A constatação, seja qual for, é muito importante para se refletir sobre o campo da pesquisa educacional na contemporaneidade, não somente no Brasil, mas também em outros países.
Outro dado importante que apresentamos diz respeito à distribuição regional da produção acadêmica submetida à revista ao longo de seus 36 anos. Evidentemente, como demonstram os vestígios históricos, a revista do Setor de Educação da UFPR surgiu com vistas a criar um espaço próprio para a produção de seu corpo docente e discente. Mais recentemente, a partir dos anos 2000, frente às exigências das instituições de avaliação científica, a Educar em Revista passou a considerar a diversidade regional, buscando uma distribuição relativamente equitativa dos seus artigos. No entanto, sabe-se que há regiões que concentram uma quantidade significativa de Cursos de Mestrado e Doutorado e, consequentemente, concentram um maior número de profissionais e de instituições de ensino e pesquisa. Levando em conta ao menos estas duas considerações, a trajetória história do periódico e as concentrações regionais de produção acadêmica, apresentamos a Tabela 2.
A distribuição por autores não considera, portanto, o número de artigos. Para o levantamento desta informação, consideramos o dado disponibilizado no artigo sobre a origem acadêmica do autor. Chama a atenção, em um primeiro momento, e coincidindo com a própria história da revista, que dos 526 autores que se situam na região Sul, 310 pertenciam no momento da publicação do artigo à UFPR. A segunda instituição com a contribuição mais expressiva é a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com 49 autores, seguida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), respectivamente com 27 e 24 autores. A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ainda contribuiu com 16 autores, enquanto a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) com 15.
Se a região Sul concentrou ao longo de 36 anos mais da metade dos autores que publicaram na Educar em Revista, representando 56,1%, a região Sudeste aparece como a segunda de maior contribuição, representando 30%, que em números totais somam 290 autores. Destas, a Universidade de São Paulo (USP) foi a instituição que teve o maior número de autores: 46. A USP foi seguida pela Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), com 40 autores, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com 29 e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 28. A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) teve 18 autores com artigos publicados. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) aparece com 13 autores. Destaca-se a predominância de autores oriundos de Instituições de Ensino Superior (IES) públicas, tanto no Sul quanto no Sudeste.
As demais regiões do país tiveram uma participação menor na autoria da revista. A região Nordeste aparece como a terceira mais representada, com 6,6% (62 autores), seguida pela região Centro-Oeste, com 4,5% (60 autores) e Norte, com 1,8% (17 autores). Das instituições destas regiões, destacam-se a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com 16 autores, e a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), com 11 autores cada. A Universidade de Brasília (UnB) tem 9 autores. Há de se mencionar também a participação de autores vinculados a instituições não acadêmicas, como o Ministério da Educação (MEC), o Ministério Público e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Há também alguns autores sem a informação de vinculação institucional.
A Tabela 3, por sua vez, apresenta-nos a distribuição de autores que tiveram artigo publicado na Educar em Revista e que, quando da publicação, informaram vinculação acadêmica a instituições não brasileiras. Percebe-se nas edições mais recentes o gradativo aumento de autores vinculados a instituições acadêmicas internacionais. O número não é significativo se considerarmos os anos iniciais do periódico, mas expressivo na contemporaneidade, em especial nos últimos cinco anos. A quantidade maior de autores vinculados a instituições estrangeiras - o que não significa que sejam originários daqueles países - está na Península Ibérica, com Portugal, representando 28,8% (36 autores) e Espanha, 19,2% (24 autores), considerando a porcentagem apenas entre as instituições não brasileiras. Entre os portugueses, a Universidade do Minho foi a instituição estrangeira que mais teve autores na revista, somando 13 no total. Mais próxima dela somente a espanhola Universidade de Murcia, com 10 autores.
Ainda entre os estrangeiros, são 12 as contribuições oriundas dos Estados Unidos da América (EUA), sendo que destas 11 são de instituições diferentes. A Tabela 3 conta ainda com a representação de autores vinculados a universidades chilenas, colombianas, argentinas, inglesas, francesas, mexicanas, cubanas e canadenses, entre aqueles que possuem mais de um representante. A política editorial atual da Educar em Revista deve modificar este quadro nos próximos anos, visto a presença mais frequente de autores vinculados a instituições estrangeiras, sendo esta, por exemplo, uma das exigências para a composição de seus dossiês temáticos.
Projeto Memória
Por fim, considerando a importância histórica do periódico, seja mapeando a sua trajetória ou analisando quantitativamente alguns de seus dados, nós - o editor Marcus Levy Bencostta e o editor adjunto Cláudio de Sá Machado Júnior - estamos empreendendo o Projeto Memória Educar em Revista. Verificou-se que a disponibilidade física das edições mais antigas é restrita, tendo o conhecimento de que apenas a secretaria do periódico possui a coleção completa. A disponibilidade de edições da revista no SER institucional da UFPR inicia apenas a partir do número 14, ou seja, a partir de 1998. Na plataforma SciELO, a disponibilidade inicia apenas a partir de 2006, sem contar o número especial que foi lançado naquele ano.
Nestas circunstâncias, caracteriza-se como um dos objetivos gerais do Projeto Memória a digitalização dos números físicos que não estão na internet para a publicação tanto no SER da UFPR quanto na SciELO, contemplando todas as edições da Educar em Revista, desde 1977. Esta iniciativa tem por intenção, além de ampliar o alcance das edições mais antigas, ressignificar a publicação de suma importância para o Setor de Educação da UFPR, valorizando sua historicidade e, consequentemente, sua memória institucional. A iniciativa considera também o atual papel de destaque nacional que a Educar em Revista ocupa entre os demais periódicos de sua área, caracterizando-se esta iniciativa como uma contribuição para a própria valorização da memória de periódicos científicos de educação no Brasil.
A metodologia empreendida visa a conversão das edições físicas para arquivos ".doc", englobando artigos, editoriais, apresentações e demais textos publicados, através de um trabalho de digitação/digitalização das edições que não estão disponibilizadas online (somente SciELO). Também contempla a conversão e criação de arquivos ".pdf" a partir dos produtos digitados em ".doc" (tanto para a SciELO quanto para o SER). Assim, os objetos de trabalho do Projeto Memória são:
edições de número 1 (ano de 1977) ao número 13 (ano de 1997), visando a disponibilização no SER da UFPR;
edições de número 1 (ano de 1977) ao número 26 (ano de 2005), visando a disponibilização na SciELO.
Os trabalhos iniciaram em junho de 2013, contando com a colaboração de quatro bolsistas de graduação que se concentraram no processo de digitação/digitalização das edições anteriormente mencionadas. Eventualmente, contamos com a colaboração de mais dois bolsistas de graduação, que auxiliaram os demais neste processo. O editor e o editor adjuntos ficaram responsáveis pela supervisão e orientação técnica deste trabalho. A previsão é que a partir de 2014 todos os números da Educar em Revista, incluindo a Revista de Educação e a Educar, estejam disponibilizados no SER da UFPR. A disponibilidade na plataforma SciELO dependerá da demanda do órgão, visto que a prioridade de publicação é de artigos novos, e os retroativos são feitos gradativamente, conforme disponibilidade da equipe.
Enfim, esperamos anunciar a finalização com sucesso do Projeto Memória em um dos próximos editoriais da Educar em Revista, contribuindo para a continuidade de sua história futura - que há de ser marcada por constantes avanços e aperfeiçoamentos - mesmo que retrocedendo aos auspícios de sua origem.
- EDUCAR EM REVISTA. Curitiba, n. 1-50, 1977-2013. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/educar>. Acesso em: 1/12/2013.
- SISTEMA ELETRÔNICO DE REVISTAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (SER-UFPR). Educar em Revista Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/educar>. Acesso em: 2/12/2013.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
09 Jan 2014 -
Data do Fascículo
Dez 2013