RESUMO
A escola, também do ponto de vista arquitetônico e do seu mobiliário é, sem dúvida, um produto cultural típico de cada período histórico específico. Durante o fascismo, teve como tarefa preparar o cidadão-soldado, amante do seu país e obediente aos desejos do “duce”. Usando maciçamente a arte e a noções de beleza, a escola assumiu um papel central no Estado fascista, sendo encarregada da transmissão de uma identidade nacional baseada no culto daqueles que morreram pela construção da Itália unida. A arte, em todas as suas formas, mas especialmente a arquitetura e as artes plásticas, foi inteligentemente usada nos vinte anos de duração do fascismo como ferramenta para a transmissão de uma pedagogia da morte e da guerra, considerada essencial para o “novo italiano”. O artigo investiga os mecanismos com os quais a estética fascista totalitária foi aplicada nas escolas de Turim nos anos do primeiro pós-guerra, cobrindo uma parte inevitável - embora insuspeitada para muitos - na construção do consenso nacional.
Palavras-chave: Pedagogia; Estética totalitária; Fascismo; Primeira Guerra Mundial; Arquitetura escolar