RESUMO
Este artigo analisa os conflitos e dilemas da Educação Superior chilena, construída e massificada pelas políticas neoliberais de 1980 até os dias atuais. Em particular, o trabalho centra-se nos efeitos da reforma promovida pelo governo de Michelle Bachelet em 2016, que tinha o objetivo declarado de retirar a centralidade do mercado e garantir o ensino superior gratuito, procurando assim responder ao movimento social no. 2011, protagonista do maior ciclo de protestos conhecido desde o retorno à democracia em 1990 no Chile até então. A partir de uma análise sócio-histórica, com destaque para a análise da transformação do Estado, conclui-se que a Educação Superior mantém sua inércia comercial, resguardada por uma burocracia estatal intimamente ligada ao mercado e aos poderes ideológicos que controlam a Educação Superior. privado. Nesse arranjo, a crise gerada pela expansão do mercado - da legitimidade da Educação Superior e do sentido de seu projeto - permanece sem solução.
Palavras-chave: Ensino Superior; Neoliberalismo; Burocracia; Bachelet; Gratuidade