RESUMO
O artigo discute algumas concepções dos professores chilenos, como dirigentes sindicais, sobre a lei que instituiu o Sistema de Desenvolvimento Profissional Docente (SDPD). Embora seja amplamente conhecido que o sistema educacional chileno é uma das expressões mais radicais da educação com centralidade de mercado, algumas leituras que abordaram as políticas públicas implementadas por governos progressistas, após a recuperação da democracia, afirmam que essas reformas compensaram parcialmente a implantação do neoliberalismo. No entanto, a partir do movimento docente é possível perceber uma insatisfação expressa em ciclos de mobilização. Por meio dessas mobilizações os professores têm tentado resistir e influenciar o avanço legislativo das políticas educacionais, bem como conseguir estabelecer alternativas de profissionalização que operam nos interstícios do sistema normativo. A pesquisa foi realizada por meio de uma metodologia qualitativa, especificamente baseada em entrevistas semiestruturadas e análise de conteúdo.
Palavras-chave:
Neoliberalismo na educação; Reformas na Educação; Sistema de Desenvolvimento Profissional Docente; Movimento Docente; Carreira Docente no Chile