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Avaliação em Filosofia: aspectos didáticos e políticos

Toda educação institucionalizada reafirma uma concepção de Estado e o lugar que corresponde ou pode corresponder a cada um dos membros de uma sociedade. A integração progressiva destes membros desde sua infância é realizada em conformidade com um conjunto de requisitos e regulamentos, que são os dominantes, e que tentam garantir que o que existe se mantenha, ou se modifique de uma maneira permitida ou tolerada. A possibilidade de reprodução das sociedades se resolve com a sustentação de um vínculo cultural (difusão das tradições, dos costumes, das práticas sociais ou dos saberes estabelecidos), mas também, e fundamentalmente, político (enquanto garantia do laço social constituído). A avaliação é um procedimento de normalização que engloba prescrições políticas, culturais e pedagógicas. Constitui uma forma de localizar cada um dentro de uma ordem normal de distribuição de lugares a partir da ponderação dos saberes e das práticas e de administrar as possíveis trocas de lugar. Neste trabalho, foram revisadas as hipóteses políticas e pedagógicas que sustentam o ato de evolução no caso particular do ensino institucionalizado da Filosofia. São comentadas algumas perspectivas que permitem visualizar uma dimensão criativa do ensino de Filosofia e sua avaliação, que atribuem um lugar ativo aos sujeitos da aprendizagem, tanto de um ponto de vista individual quanto coletivo.

avaliação educativa; ensino institucionalizado; ensino filosófico; avaliação filosófica


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