Os protestantes, que nas décadas finais do século XIX vieram ao Brasil, apresentavam-se e se desejavam como expoentes de uma força renovadora que não pretendia apenas o ajustamento de seus membros às condições político-sociais dominantes, mas, inclusive, aspiravam por transformações econômicas a exemplo do que vinha acontecendo no seu país de origem, alicerçando assim o poderio do capitalismo incipiente que se delineava desde os meados do século. Assumindo uma postura de progresso e desenvolvimento, aliada a um padrão de comportamento ético onde imperava a austeridade, defendiam a vocação secularizante entre Igreja e Estado, a educação liberal e democrática, e se opunham ao totalitarismo retrógrado defendido pelos católicos imbuídos de forte espírito elitista e tradicional. Era a idéia do destino manifesto de um povo que tinha a incumbência divina de levar a verdadeira fé aos gentios e idólatras que viviam nos quatro cantos do mundo.
missionarismo protestante; educação