RESUMO
As práticas pedagógicas como práticas de governo definem modos de relação dos sujeitos consigo mesmos, com os outros e com o mundo. É na escola e no trabalho pedagógico - nas práticas formativas dos professores com os mais novos e na relação particular que se estabelece entre eles - que se definem preceitos fundamentais que orientam, ainda que esse não seja seu propósito. A proposta deste artigo é analisar as dimensões que configuram a prática pedagógica e que fazem dela uma matriz de experiência. Na prática, suas técnicas e fins são definidas pelas formas de saber, as matrizes normativas e os modos de ser sujeito determinadas e atualizadoras do pensamento e a racionalidade de um período histórico e um grupo social específicos. Trata-se de pensar que a prática pedagógica é muito mais que um fazer voluntário dos professores. É uma prática histórica determinada pelos regimes de veridição, os modos de subjetivação e as formas de normatização que configuram um importante campo de reflexão sobre as técnicas e os fins que orientam a educação. Talvez seja no estudo dele que podemos valorar em toda a sua complexidade a importância da Pedagogia.
Palavras-chave:
Experiência; Problematização; Regimes de Veridição; Regimes de Jurisdição; Professor.