RESUMO
O artigo elabora o conceito de protoindústria escolar para referir-se às primeiras experiências industriais de produção de móveis para a escola no Brasil Imperial. Partindo da hipótese de que esta se situaria entre a produção artesanal e a industrial de objetos escolares, na classificação dessas modalidades proposta por Juri Meda (2015)MEDA, Juri. A “história material da escola” como fator de desenvolvimento da pesquisa histórico-educativa na Itália. Revista Linhas. Florianópolis, v. 16, n. 30, p. 7-28, jan-abr. 2015. e valendo-se das perspectivas analíticas da micro-história (LEVI, 2009LEVI, Giovanni. Entrevista. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, n. 41, s. p., jan. 2009. ; REVEL, 1996REVEL, Jacques (org.). Jogos de Escalas: a experiência da microanálise. Rio de Janeiro: FGV, 1996.; GINZBURG, 1989______. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: Mitos, Emblemas e Sinais. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 143-275.; 1991GINZBURG, Carlo. O nome e o como: troca desigual e mercado historiográfico. In: A micro-história e outros ensaios. Lisboa: Difel, 1991, p. 169-178.), o objetivo do artigo é verificá-la, numa primeira aproximação, a partir do estudo do caso da Fábrica Röhe & Irmãos e os bancos-carteira por ela fabricados, entre 1868 e 1883, na Corte Imperial.
Palavras-chave:
Protoindústria escolar; Carteiras Escolares; Brasil; Século XIX; Cultura Material Escolar