Os defensores de abordagens baseadas no mercado para a educação invocam, às vezes, a necessidade de "empoderamento" (empowerment) das comunidades nas tomadas de decisão educacionais para justificar a reforma dos sistemas educacionais públicos convencionais. Com base em exemplos da Austrália, da Inglaterra e do País de Gales, da Nova Zelândia e dos eua, este artigo explora as maneiras complexas e contraditórias como as políticas educacionais contemporâneas usam o conceito de envolvimento das comunidades. Ele demonstra mais ainda que o papel e o impacto do envolvimento das comunidades nas escolas nada têm de simples. O artigo conclui que, se o envolvimento das comunidades quer ter efeitos progressistas, ele deve ser articulado com uma política de educação democrática mais ampla.
Comunidade; Estado; Mercado; Democracia; Políticas educacionais