RESUMO
O presente artigo, situado no campo da filosofia da educação, tematiza a educação profissional e tecnológica enquanto espaço-tempo de formação humana. Para defender a tese da precedência da formação humana e cidadã, estrutura o argumento em três partes: na primeira, revisita os gregos antigos, fundadores da ideia educativa e raiz do dualismo entre formação profissional e formação geral; na segunda, analisa a concepção de educação omnilateral em Marx, a qual critica a herança da educação clássica e propõe a superação de tal dualismo pela união entre ensino e trabalho; e na terceira, com base na ideia-força grega da skholé, reinterpretada por Rancière e Masschelein, pensa a educação profissional e tecnológica como espaço-tempo de formação humana, enquanto possibilita o tempo livre que coloca em suspensão a lógica desigual do mundo do trabalho.
Palavras-chave:
Educação profissional; Formação humana;
Skholé