RESUMO
O artigo explora o potencial do conceito de Ambiente de Aprendizagem em Casa para compreender desigualdades educacionais no início da escolarização obrigatória no Brasil. Utiliza dados de um estudo longitudinal realizado entre 2017 e 2018 em uma amostra aleatória de 46 escolas e 2.716 crianças matriculadas na pré-escola de uma rede pública municipal. Os modelos de regressão linear e multinível estimados indicaram uma associação entre a medida de Ambiente de Aprendizagem em Casa e o desenvolvimento cognitivo no início da escolarização obrigatória (effect sizes de 0,229 a 0,308), bem como a aprendizagem das crianças durante a pré-escola (effect sizes de 0,123 a 0,152). Discute-se a relevância dos resultados para subsidiar políticas de apoio às famílias e projetar possíveis efeitos da pandemia nas desigualdades educacionais.
Palavras-chave
Ambiente de Aprendizagem em Casa; Educação infantil; Estudo longitudinal; Desigualdades socioeducacionais