RESUMO
A partir das narrativas biográficas de duas mulheres, ex-metalúrgicas e com militância no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC) entre as décadas de 1970 e 1990, este artigo analisa o processo de transmissão e aprendizado dessas memórias no interior das famílias, a fim de compreender não apenas sua perenidade, mas, sobretudo, a maneira como elas são recebidas pelas novas gerações. A pesquisa foi feita entre os anos de 2017 e 2020, no âmbito de um projeto que analisou as memórias das greves históricas de canavieiros e metalúrgicos no fim da década de 1970. Os resultados sugerem que o contraste entre conjunturas muito diferentes e a reinterpretação dessas memórias evidenciam as fraturas nos modos de apropriação e engajamento político pelas novas gerações.
Palavras-chave
Memórias; Sindicalismo; Geração; Educação política; ABC Paulista