RESUMO
O presente artigo baseia-se nos resultados de uma pesquisa que mostra como grupos restritivos de gênero baseados na fé, que atuam em várias denominações religiosas e frequentemente operam transnacionalmente, estão utilizando a infância e a retórica da proteção infantil para fabricar pânico moral e mobilizá-lo contra os direitos humanos, especialmente aqueles relacionados à justiça de gênero. Em particular, o artigo destacará a importância da educação como o principal setor de ativação e mobilização neoconservadora (e crescente de setores do feminismo trans-excludente) por meio de acusações de imposição da “ideologia de gênero”; e enfatizará a importância de criar estratégias multissetoriais para enfrentar esse fenômeno.
Palavras-chave
Pânico moral; Restrição de gênero; Educação sexual abrangente; LGBTQ+