RESUMO
Este artigo discute a experiência e o desempenho de estudantes cotistas do curso de medicina da Universidade de Brasília. Com base em dados estatísticos e 11 entrevistas realizadas com discentes do curso, discorremos sobre desempenho acadêmico, taxa de evasão, origem familiar, preparação para os processos seletivos, vivência na faculdade e perspectivas futuras dos estudantes. O recorte empírico da pesquisa fundamentou-se no tipo de cotas de ingresso e na raça/cor dos estudantes. Concluímos o texto demonstrando que estudantes cotistas e não cotistas possuem desempenho acadêmico semelhante, bem como mostramos os alcances positivos da política e os desafios para que os corpos que vestem os jalecos brancos não sejam somente brancos, mas tenham a cor/raça da população que será atendida pelas novas gerações de médicos.
Palavras-chave
Negros; Indígenas; Trajetória; Desempenho