RESUMO
O presente artigo visa apresentar uma discussão acerca dos contornos da palavra e da ação docentes em nossa sociedade. A reflexão é conduzida e inspirada pela narrativa de uma professora que, no início do século XX, decide tornar pública a sua experiência nas escolas do estado de São Paulo e transformá-la em um livro intitulado O calvário de uma professora (1928). Orientados por aportes da filosofia e da psicanálise na educação, os argumentos aqui desenvolvidos buscam examinar as implicações, ao ofício docente e ao professar, de uma educação compreendida como atividade fabricadora, regida por uma lógica tecnocrática, que rechaça a fragilidade e a imponderabilidade próprias à ação educativa.
Palavras-chave
Docência; Fabricação educativa; Hannah Arendt; Filosofia da educação; Psicanálise na educação