RESUMO
O artigo analisa a passagem de Paulo Freire pela Unicamp. Autores apontam que a institucionalização das universidades é marcada por movimentos tanto de cultivo da autonomia didática, política, administrativa e financeira, quanto de recrudescimento de protocolos burocráticos e fortalecimento de corporativismos que emperram fluxos de inovação, mudanças e percursos plurais. Ancorado nos documentos do Processo de Vida Funcional de Paulo Freire na Unicamp, sugere que seu percurso pode ser tomado como um caso paradigmático de compreensão de projetos institucionais em disputa, os quais indicam interesses que oscilam entre perspectivas crítica, popular e democrática e ações que priorizam a tradição, os ritos burocráticos e um percurso modelar de construção de carreiras no magistério superior.
Palavras-chave Paulo Freire; Universidade; Unicamp