RESUMO
O objetivo deste artigo é analisar a concepção de proletarização do trabalho mobilizada pelo sociólogo Mariano Fernández Enguita, autor que, em certo momento, encontrou importante acolhida entre os pesquisadores brasileiros. O presente texto se apoia na sociologia do trabalho, particularmente remontando às questões teóricas e epistemológicas que integram o debate sobre a qualificação do trabalho. O texto delineia os aspectos básicos da tese da proletarização, busca identificar seus fundamentos e o quadro teórico que lhe dá sustentação, encontrando suas raízes profundas no romantismo econômico do século XIX. Conclui apresentando uma síntese do que foi tratado e apontando a importância de uma compreensão mais abrangente da qualificação do trabalho, notadamente aquela aberta pela perspectiva de Pierre Naville.
Palavras-chave Proletarização e profissão docente; Mariano Fernández Enguita; Sociologia do trabalho; Georges Friedmann; Pierre Naville