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Monitoramento da qualidade ambiental de restingas no litoral do sul do Brasil utilizando imagens de alta resolução: uma ferramenta para gestão ambiental

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade ambiental da restinga da costa atlântica, no sul do Brasil, utilizando imagens de drones nos espectros de vermelho, verde e azul (RGB) obtidas em setembro de 2020 e 2021. A ortoimagem gerada foi classificada em diferentes classes de vegetação como a herbácea, a arbustiva e a arbórea, além de outras feições como áreas degradadas e construídas. A classificação foi realizada utilizando o algoritmo Random Forest, disponível no plugin Dzetsaka para Quantum GIS. Do total de área da restinga avaliada (289,17 ha), em 2020, 61,54% encontrava-se conservada e 36,72% estava degradada. Em 2021 houve diminuição das áreas conservadas para 59,56% e aumento das áreas degradadas para 38,85%. Em relação aos setores avaliados nos dois anos, o setor 6 teve a menor área conservada de restinga (5,40 ha e 8,14 ha em 2020 e 2021, respetivamente), e o setor 2 teve a maior área de preservação, com 44,07 ha em 2020 e 43,55 ha em 2021. Os setores 1, 2, 4 e 5 apresentaram redução nas áreas de restinga conservadas (em média, 6,75%). Aumento nas áreas conservadas foi observado nos setores 6 e 7 (20,4%) e no setor 8 (2%). Esses resultados mostram o potencial do uso de imagens obtidas por drones em análises multitemporais de áreas frágeis como as restingas, auxiliando nas medidas de proteção e conservação desses ecossistemas.

Palavras-chave:
monitoramento aéreo; veículos aéreos não tripulados; hotspots ; conservação da vegetação costeira

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