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Cinética de biodegradação anaeróbia de água residuária sintética de laticínios pré-tratada com lactase

RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a degradação anaeróbia de efluentes de laticínios com e sem a aplicação de lactase. Foram construídos dois reatores tipo UASB (16 L), para o tratamento de efluente sintético de laticínios. Quatro cargas orgânicas (0,5, 1,0, 2,0 e 3,0 kg m-3 d-1 de DQO) foram aplicadas durante 45, 95, 95 e 45 dias, mantendo o HRT de 1 dia. À ARL foi adicionado sulfato de amônio e fosfato de potássio (DQO:N:P de 500:5:1), e bicarbonato de sódio (pH igual a 7,0). O UASB1 que recebeu a ARL com lactase não apresentou diferença de eficiência de remoção de DQO em relação ao UASB2, que recebeu a ARL sem a lactase. As eficiências médias de remoção de DQO foram de 69, 77, 70 e 56% para o UASB1 e de 68, 72, 69 e 57% para o UASB2, em cada fase. A partir da cinética de Monod, o coeficiente de crescimento – Y (mg mg-1 d-1); o coeficiente de decaimento endógeno – Kd (d-1); a taxa máxima de crescimento microbiano – μmáx (d-1); e a concentração do substrato limitante – KS (mg L-1) foram iguais a 1,16 e 1,20; 0,05 e 0,04; 0,18 e 0,13; e 248 e 109, respectivamente para os UASB1 e UASB2. Pode-se concluir que a análise da degradação anaeróbia da ARL no reator UASB se mostrou adequada com obtenção de eficiências de remoção de DQO consideradas satisfatórias (70–76%). A aplicação da lactase como pré-tratamento não se mostrou efetiva, no aumento da biodegradabilidade da água residuária sintética de laticínios.

Palavras-chave:
água residuária agroindustrial; anaerobiose; UASB; Kluyveromyces lactis

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