RESUMO
Este estudo investigou o tratamento de um efluente sintético contendo o corante azo Reactive Black 5 (50 mg·L⁻1) em reatores acidogênicos seguidos por diferentes unidades de pós-tratamento aeróbio: reatores de leito móvel com biofilme (em inglês, moving bed biofilm reactors, MBBR) e filtros biológicos percoladores (FBP). Foi avaliado o efeito da adição do mediador redox antraquinona-2-sulfonato (AQS) (50 μM) ao sistema, do tempo de detenção hidráulica (TDH) (6 e 4 horas) nos MBBR e do tipo de meio suporte (cubos de espuma de poliuretano e biomídia K1) nos FBP. Os reatores acidogênicos foram os principais responsáveis pela descoloração do RB5 nas concepções anaeróbias-aeróbias avaliadas neste trabalho, e o AQS melhorou significativamente sua eficiência de descoloração. A utilização de um TDH mais curto (4 horas) nos MBBR influenciou negativamente o desempenho na remoção de cor e de DQO nos reatores. A espuma de poliuretano demonstrou ser mais viável como meio suporte, já que é um material mais acessível e de baixo custo. Finalmente, reatores acidogênicos seguidos por FBP preenchidos com cubos de espuma de poliuretano foram a concepção mais promissora, tanto em termos de remoção de cor, DQO e amônia quanto em relação à demanda energética para a aeração do sistema.
Palavras-chave:
reator acidogênico; remoção de cor; MBBR; mediador redox; filtro biológico percolador
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