RESUMO
Fases líquidas não aquosas leves (LNAPL), como combustíveis líquidos, estão presentes em muitas áreas contaminadas. Para o gerenciamento dessas áreas, é importante conhecer a mobilidade desse produto, a fim de subsidiar decisões sobre sistemas de remediação e avaliação de risco. Uma alternativa para quantificar a mobilidade é o parâmetro transmissividade de LNAPL, ainda pouco aplicado no Brasil. Esse trabalho avaliou a aplicabilidade desse parâmetro em diferentes áreas contaminadas por LNAPL. Foram realizados testes em três áreas com litologias, tipos de contaminantes e históricos de contaminação distintos. Em alguns testes, não foi possível determinar a transmissividade de LNAPL devido à instabilidade do nível de fluidos, por consequência da operação de sistemas de bombeamento e precipitação, além de problemas operacionais durante a realização do teste. Apesar de ser um teste simples, em alguns casos, a determinação de transmissividade de LNAPL pode ser inviável, principalmente para LNAPL de baixa mobilidade por requerer testes mais prolongados. Os principais fatores determinantes no valor de transmissividade de LNAPL foram a litologia, a posição do poço na pluma e a posição do nível d’água em relação a série histórica. Assim, a transmissividade de LNAPL pode ser um parâmetro útil no gerenciamento de áreas contaminadas, cuja interpretação deve ser feita de forma cautelosa e integrada com outros dados de investigação da área.
Palavras-chave:
contaminantes orgânicos; fase livre; mobilidade; água subterrânea; monitoramento