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Rejeitos de mineração atuando como precursores de estresse ambiental em sedimentos

RESUMO

Os rejeitos de atividades de extração mineral são mundialmente associados a distúrbios ambientais devido a sua capacidade de atuação deletéria sobre os recursos hídricos. No entanto, o número de estudos sobre a influência dos rejeitos de zonas de extração de rochas semipreciosas sobre sistemas flúvicos ainda é incipiente na literatura da área ambiental. Nessa perspectiva, foram quantificadas pela técnica de espectrometria de fluorescência de raios-X por dispersão de comprimento de onda as concentrações médias de óxidos minerais majoritários presentes nas frações finas das amostras de sedimentos do Rio da Várzea, Sul do Brasil, maior região mundial extratora de rochas ametista. Somado a isso, avaliou-se a qualidade ambiental e caracterizaram-se as potenciais fontes por meio de índices geoquímicos. Os resultados consideram a provável influência dos rejeitos de mineração sobre os sedimentos do rio da Várzea, classificando-os como não poluído a moderadamente poluído e, quando comparados ao background local, apresentam variâncias significativas (p < 0,05) para os óxidos minerais Al2O3, MnO, CaO, SiO2, K2O e TiO2. Além disso, as amostras de sedimentos que apresentaram características de intemperismo químico extremo são formadas por argilominerais e rochas ígneas máficas, e foram encontradas similaridades entre as amostras de sedimentos e os rejeitos da zona de extração mineral. Conclui-se que os rejeitos de rochas basálticas, acúmulos de fronte aos garimpos, funcionam como fonte de estresse ambiental no sistema hídrico.

Palavras-chave:
prospecção mineral; Ametista do Sul; geoquímica; WD-XRF

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