RESUMO
Os parâmetros morfométricos são informações de grande relevância para a caracterização física das bacias hidrográficas. O presente estudo caracterizou fisicamente 14 bacias sul-brasileiras, segundo 10 parâmetros morfométricos relacionados a ordem, forma, características do sistema de drenagem e declividade das bacias, além de ter desenvolvido uma análise de suas correlações. A metodologia consistiu no tratamento do modelo digital de elevação, disponibilizado pelo projeto TOPODATA do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2008), com resolução espacial de 30 metros, complementado com informações do SIG Google Earth. Como resultados, além da caracterização e classificação das bacias, puderam-se propor dois novos parâmetros morfométricos. O primeiro, denominado indicador da declividade média dos rios, demonstrou bom desempenho para representar simultaneamente a declividade da bacia e o coeficiente de sinuosidade dos rios, equivalendo de maneira sintética à declividade média de todos os rios da bacia. O segundo foi o coeficiente de suscetibilidade de enchentes, que representa o conjunto de todas as características espaciais da bacia e de seus rios. Os resultados levam a crer que este último seja um ótimo indicador para análise do risco de cheias em bacias de pequeno e médio portes. Foram propostos também critérios de classificação para os parâmetros comprimento de escoamento superficial, coeficiente de rugosidade, declividade axial e indicador da declividade média dos rios e coeficiente de suscetibilidade de enchentes.
Palavras-chave:
morfometria; bacia hidrográfica; enchente
ABSTRACT
The morphometric parameters are highly relevant information for the physical characterization of watersheds. The present study physically characterized 14 southern Brazilian basins, according to 10 morphometric parameters related to the order, shape, characteristics of the drainage system, and slope of the basins, in addition to developing an analysis of their correlations. The methodology consisted of treating the Digital Elevation Model (DEM), provided by the INPE TOPODATA project (2008), with a spatial resolution of 30 meters, complemented with information from the GIS Google Earth. As a result, in addition to the characterization and classification of basins, two new morphometric parameters can be proposed. The first one, called indicator of the average slope of the rivers, demonstrated good performance to simultaneously represent the slope of the basin and the sinuosity coefficient of the rivers, synthetically representing the average slope of all the rivers of the basin. The second was the flood susceptibility coefficient, which represents the set of all spatial characteristics of the basin and its rivers. Results suggest that the latter is an excellent indicator for analyzing the risk of flooding in small- and medium-sized basins. Classification criteria were also proposed for the parameters runoff length, roughness coefficient, axial slope and average slope indicator of rivers, and flood susceptibility coefficient.
Keywords:
morphometry; hydrographic basin; flood
INTRODUÇÃO
As características do escoamento de uma bacia hidrográfica são controladas por sua estrutura geomorfológica (EZE; JOEL, 2010EZE, E. B.; JOEL, E. Parâmetros morfométricos da bacia do rio Calabar: implicações para os processos hidrológicos. Journal of Geography and Geology, v. 2, n. 1, p. 19-26, 2010.), que pode ser representada por um conjunto de fatores morfométricos. Segundo Strahler (1964)STRAHLER, A.N. Quantitative geomorphology of drainage basins and channel networks. In: CHOW, V.T. (org.). Handbook of applied hydrology. Nova York: McGraw Hill Book Company, 1964. p. 4-11., os fatores morfométricos fornecem uma descrição quantitativa da geometria da bacia. O seu conhecimento auxilia significativamente no entendimento do comportamento hidrológico das bacias hidrográficas, fornecendo informações sobre sua formação e desenvolvimento (BISHT et al., 2018BISHT, S.; CHAUDHRY, S.; SHARMA, S.; SONI, S. Assessment of flash flood hazard zonation through geospatial technique in high altitude Himalayan watershed, Himachal Pradesh India. Remote Sensing Applications: Society and Environment, v. 12, p. 35-47, 2018. https://doi.org/10.1016/j.rsase.2018.09.001
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; DAR; CHANDRA; ROMSHOO, 2013DAR, R.A.; CHANDRA, R.; ROMSHOO, S.A. Morphotectonic and lithostratigraphic analysis of intermontane Karewa basin of Kashmir Himalayas, India. Journal of Mountain Science, v. 10, n. 1, p. 731-741, 2013. https://doi.org/10.1007/s11629-013-2494-
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; IFABIYI, 2004IFABIYI, I.P. A reduced rank model of drainage basin response to runoff in Upper Kaduna catchment of Northern Nigeria. Geo-Studies Forum, v. 2, n. 1, p. 109-117, 2004.; JAIN; SINHA, 2003JAIN, V.; SINHA, R. Derivation of Unit Hydrograph From GIUH Analysis For A Himalayan River. Water Resources Management, v. 17, n. 5, p. 355-375, 2003. https://doi.org/10.1023/A:1025884903120
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; OKOKO; OLUJJINMI, 2003OKOKO, E.E.; OLUJJINMI, J.A.B. The role of geomorphic features in urban flooding: the case of Ala River in Akure, Nigeria. International Journal of Environmental Issues, v. 1, n. 1, p. 192-201, 2003.; PARETA; PARETA, 2012PARETA, K.; PARETA, U. Quantitative geomorphological analysis of a watershed of a Ravi River Basin, H.P. India. International Journal of Remote Sensing and GIS, v. 1, n. 1, p. 41-56, 2012.; ROMSHOO; BHAT; RASHID, 2012ROMSHOO, S.A.; BHAT, S.A.; RASHID, I. Geoinformatics for assessing the morphometric control on hydrological response at watershed scale in the Upper Indus Basin. Journal of Earth System Science, v. 121, n. 3, p. 659-686, 2012. https://doi.org/10.1007/s12040-012-0192-8
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; SONI, 2017SONI, S. Assessment of morphometric characteristics of Chakrar Watershed in Madhya Pradesh, India using geospatial technique. Applied Water Science, v. 7, n. 5, 2017. https://doi.org/10.1007/s13201-016-0395-2
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; VANDANA, 2013VANDANA, M. Morphometric analysis and watershed prioritization: a case study of Kabani River Basin, Wayanad District, Kerala, India. Indian Journal of Geo-Marine Sciences, v. 42, n. 2, p. 211-222, 2013.). A adequada gestão da bacia hidrográfica também depende do conhecimento de suas características físicas, facilitando a compreensão de questões ligadas à sua dinâmica ambiental (RAWAT; MISHRA, 2016RAWAT, K.S.; MISHRA, A.K. Evaluation of relief aspects morphometric parameters derived from different sources of DEMs and its effects over time of concentration of runoff (TC). Earth Science Informatics, v. 9, n. 4, p. 409-424, 2016. https://doi.org/10.1007/s12145-016-0261-7
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).
Várias pesquisas e estudos têm sido realizados com o objetivo de aprimorar as técnicas e ferramentas de caracterização morfométrica ou, simplesmente, fornecer indicadores que podem ser aplicados em estudos de regionalização (MAGESH; CHANDRASEKAR, 2012MAGESH, N.S.; CHANDRASEKAR, N. Avaliação morfométrica baseada em modelo GIS da sub-bacia de Tamiraparani, distrito de Tirunelveli, Tamil Nadu, Índia. Arabian Journal of Geosciences, v. 7, p. 131-141, 2012. https://doi.org/10.1007/s12517-012-0742-z
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; MAGESH; CHANDRASEKAR; KALIRAJ, 2012MAGESH, N.S.; CHANDRASEKAR, N.; KALIRAJ, S. Uma ferramenta de extração automatizada baseada em GIS para a análise de morfometria de bacia. Bonfring International Journal of Industrial Engineering and Management Science, v. 2, n. 1, p. 32-35, 2012.).
Entre as principais características físicas das bacias hidrográficas, podem-se destacar como mais influentes no comportamento hidrológico: a forma, o relevo, a área, a geologia, a rede de drenagem, o solo e o tipo de cobertura vegetal (SANTOS; HERNANDEZ, 2013SANTOS, G.O.; HERNANDEZ, F.B.T. Uso do solo e monitoramento dos recursos hídricos no córrego do Ipê, Ilha Solteira, SP. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 17, n. 1, p. 60-68, 2013. https://doi.org/10.1590/S1415-43662013000100009
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; SANTOS et al., 2018SANTOS, G.O.; SILVA, A.A.; BRAZ, A.R.C., CARNEIRO, F.M. Morphometric characterization of hydrographic bodies inserted in the Municipality of Rio Verde, Goiás, as a tool for urban and agricultural planning. Geografia Ensino & Pesquisa, v. 22, n. 17, p. e17, 2018.).
A obtenção dos parâmetros morfométricos, geralmente, baseia-se no levantamento de dados fisiográficos, que, por definição, são características físicas mensuráveis das bacias hidrográficas (SANTOS et al., 2018SANTOS, G.O.; SILVA, A.A.; BRAZ, A.R.C., CARNEIRO, F.M. Morphometric characterization of hydrographic bodies inserted in the Municipality of Rio Verde, Goiás, as a tool for urban and agricultural planning. Geografia Ensino & Pesquisa, v. 22, n. 17, p. e17, 2018.). Esses dados, por sua vez, podem ser divididos em três categorias dimensionais: lineares (uma dimensão), planas (duas dimensões) e espaciais (três dimensões) (KALIRAJ; CHANDRASEKAR; MAGESH, 2015KALIRAJ, S.; CHANDRASEKAR, N.; MAGESH, N.S. Morphometric analysis ft wo River Thamirabarani sub-basin in Kanyakumari District, South west coast of Tamil Nadu, India, using remote sensing and GIS. Environmental Earth Science, v. 73, p. 7375-7401, 2015. https://doi.org/10.1007/x12665-014-3914-1
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). Portanto, a análise morfométrica envolve a execução de medições lineares, de áreas e de gradientes, com o objetivo de obter a descrição quantitativa do sistema de drenagem e adjacências (BISHT et al., 2018BISHT, S.; CHAUDHRY, S.; SHARMA, S.; SONI, S. Assessment of flash flood hazard zonation through geospatial technique in high altitude Himalayan watershed, Himachal Pradesh India. Remote Sensing Applications: Society and Environment, v. 12, p. 35-47, 2018. https://doi.org/10.1016/j.rsase.2018.09.001
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; NAUTIYAl, 1994NAUTIYAL, M.D. Morphometric analysis of a drainage basin, district Dehradun, Uttar Pradesh. Journal of the Indian Society of Remote Sensing, v. 22, n. 4, p. 251-261, 1994. https://doi.org/10.1007/BF03026526
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; SONI; TRIPATHI; MAURYA, 2013SONI, S.K.; TRIPATHI, S.; MAURYA, A.K. GIS based morphometric characterization of mini-watershed—Rachhar Nala of Anuppur District Madhya Pradesh. International Journal of Advanced Technology and Engineering Research, v. 3, n. 3, p. 32-38, 2013.; SONI, 2017SONI, S. Assessment of morphometric characteristics of Chakrar Watershed in Madhya Pradesh, India using geospatial technique. Applied Water Science, v. 7, n. 5, 2017. https://doi.org/10.1007/s13201-016-0395-2
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; STRAHLER, 1964STRAHLER, A.N. Quantitative geomorphology of drainage basins and channel networks. In: CHOW, V.T. (org.). Handbook of applied hydrology. Nova York: McGraw Hill Book Company, 1964. p. 4-11.; TRIPATHI; SONI; MAURYA, 2013SONI, S.K.; TRIPATHI, S.; MAURYA, A.K. GIS based morphometric characterization of mini-watershed—Rachhar Nala of Anuppur District Madhya Pradesh. International Journal of Advanced Technology and Engineering Research, v. 3, n. 3, p. 32-38, 2013.).
Para esse feito, são utilizadas as informações geoespaciais da bacia hidrográfica, que podem ser obtidas por intermédio de mapas topográficos ou imagens de satélite. Os esforços conceituais iniciais apresentavam como limitação a disponibilidade de dados, sendo os estudos geralmente associados a cartas com baixa resolução e com longos períodos entre suas atualizações. Com a modernização dos métodos de aquisição de dados, passando pelas técnicas topográficas terrestres, métodos de aquisição aéreos e via satélite, e com o desenvolvimento da tecnologia da informação, os estudos fisiográficos têm se tornado mais rápidos e assertivos. O desenvolvimento do sensoriamento remoto (SR), do sistema de informações geográficas (SIG) e do sistema de posicionamento global (GPS) tem auxiliado significativamente a ciência hidrológica, possibilitando maior disponibilidade de informações geográficas, bem como maior velocidade no processamento (HAMDAN; KHOZYEM, 2018HAMDAN, A.; KHOZYEM, H. Análise morfométrica, estatística e de risco usando dados ASTER e técnica GIS da bacia hidrográfica WADI El-Mathula, Qena, Egito. Arabian Journal of Geosciences, v. 11, n. 22, 2018. https://doi.org/10.1007/s12517-018-4068-3
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).
Tais dados e ferramentas têm sido usados na análise, manipulação e extração de informações geoespaciais das bacias hidrográficas, favorecendo o desenvolvimento do conhecimento. Podem-se citar como exemplos: Agarwal (1998)AGARWAL, C.S. Study of drainage pattern through aerial data in Naugarh area of Varanasi district, U. P. Journal of the Indian Society of Remote Sensing, v. 26, n. 4, p. 169-175, 1998. https://doi.org/10.1007/BF02990795
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, Al Saud (2010)AL SAUD, M. Assessment of flood hazard of Jeddah area 2009, Saudi Arabia. Journal of Water Resource and Protection, v. 2, n. 9, p. 839-847, 2010. https://doi.org/10.4236/jwarp.2010.29099
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, Al-Ghamdi et al. (2012)AL-GHAMDI, K.A.; ELZAHRANY, R.A.; MIRZA, M.N.; DAWOD, G.M. Impacts of urban growth on flood hazards in Makkah City, Saudi Arabia. International Journal of Water Resources and Environmental Engineering, v. 4, n. 2, p. 23-34, 2012. https://doi.org/10.5897/IJWREE11.128
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, Basihy et al. (2017)BASIHY, G.; MASOUD, M.; BAJABAA, S.; ZAIDY, S. Hydrologic atlas for of Makkah Al-Mokramah region. Jeddah: Water Research Center, King Abdulaziz University, 2017., Bisht et al. (2018)BISHT, S.; CHAUDHRY, S.; SHARMA, S.; SONI, S. Assessment of flash flood hazard zonation through geospatial technique in high altitude Himalayan watershed, Himachal Pradesh India. Remote Sensing Applications: Society and Environment, v. 12, p. 35-47, 2018. https://doi.org/10.1016/j.rsase.2018.09.001
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, Chavan e Gadge (2013)CHAVAN, V.T.; GADGE, P.S. Morphometric analysis of Junana Mini Watershed Nandgoan (Kh.), Dist. Amravati, Maharashtra using GIS. International Journal of Science, Environment and Technology, v. 2, n. 5, p. 1072-1079, 2013., Chopra, Dhiman e Sharma (2005)CHOPRA, R.; DHIMAN, R.D.; SHARMA, P.K. Morphometric analysis of sub-watersheds in Gurdaspur district, Punjab using remote sensing and GIS techniques. Journal of the Indian Society of Remote Sensing, v. 33, n. 4, p. 531-539, 2005. https://doi.org/10.1007/BF02990738
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, Dawod et al. (2011)DAWOD, G.M.; MIRZA, M.N.; KHALID, A.; AL-GHAMDI, K.A. GIS-based spatial mapping of flash flood hazard in Makkah City, Saudi Arabia. Journal of Geographic Information Systems, v. 3, n. 3, p. 217-223, 2011. https://doi.org/10.4236/jgis.2011.33019
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, Geena e Ballukraya (2011)GEENA, G.B.; BALLUKRAYA, P.N. Morphometric analysis of Korattalaiyar River Basin, Tamil Nadu, India: a GIS approach. International Journal of Geomatics and Geosciences, v. 2, n. 2, p. 383-391, 2011., Kouli et al. (2007)KOULI, M.; VALLIANATOS, F.; SOUPIOS, P.; ALEXAKIS, D. GIS-based morphometric analysis ft wo major watersheds, Western Crete, Greece. Journal of Environmental Hydrology, v. 15, n. 1, p. 1-17, 2007., Kumar et al. (2000)KUMAR, R.; KUMAR, S.; LOHNI, A.K.; NEEMA, R.K.; SINGH, A.D. Evaluation of geomorphological characteristics of a catchment using GIS. GIS India, v. 9, p. 13-17, 2000., Moussa (2003)MOUSSA, R. On morphometric properties of basins, scale effects and hydrological response. Hydrological Processes, v. 17, n. 1, p. 33-58, 2003. https://doi.org/10.1002/hyp.1114
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, Nag (1998)NAG, S.K. Morphometric analysis using remote sensing techniques in the Chaka subbasin Purulia district West Bengal. Journal of the Indian Society of Remote Sensing, v. 26, n. 1-2, p. 69-76, 1998. https://doi.org/10.1007/BF03007341
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, Narendra e Nageswara (2006)NARENDRA, K.; NAGESWARA, R.K. Morphometry of the Meghadrigedda watershed, Visakhapatnam district, Andhra Pradesh using GIS and Resourcesat data. Journal of the Indian Society of Remote Sensing, v. 34, n. 2, p. 101-110, 2006. http://dx.doi.org/10.1007/BF02991815
http://dx.doi.org/10.1007/BF02991815...
, Obi Reddy, Maji e Gajbhiye (2002)OBI REDDY, G.P.; MAJI, A.K.; GAJBHIYE, K.S. GIS for morphometric analysis of drainage basins. GIS India, v. 11, p. 9-14, 2002., Soni, Tripathi e Maurya (2013)SONI, S.K.; TRIPATHI, S.; MAURYA, A.K. GIS based morphometric characterization of mini-watershed—Rachhar Nala of Anuppur District Madhya Pradesh. International Journal of Advanced Technology and Engineering Research, v. 3, n. 3, p. 32-38, 2013., Soni (2017)SONI, S. Assessment of morphometric characteristics of Chakrar Watershed in Madhya Pradesh, India using geospatial technique. Applied Water Science, v. 7, n. 5, 2017. https://doi.org/10.1007/s13201-016-0395-2
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, Tripathi, Soni e Maurya (2013)SONI, S.K.; TRIPATHI, S.; MAURYA, A.K. GIS based morphometric characterization of mini-watershed—Rachhar Nala of Anuppur District Madhya Pradesh. International Journal of Advanced Technology and Engineering Research, v. 3, n. 3, p. 32-38, 2013. e Vittala, Govindaiah e Honne Gowda (2004)VITTALA, S.S.; GOVINDAIAH, S.; HONNE GOWDA, H. Morphometric analysis of sub-watersheds in the Pavagada Area of Tumkur District, South India using remote sensing and GIS techniques. Journal of the Indian Society of Remote Sensing, v. 32, n. 4, p. 351-362, 2004. https://doi.org/10.1007/BF03030860
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. Segundo Hamdan e Khozyem (2018)HAMDAN, A.; KHOZYEM, H. Análise morfométrica, estatística e de risco usando dados ASTER e técnica GIS da bacia hidrográfica WADI El-Mathula, Qena, Egito. Arabian Journal of Geosciences, v. 11, n. 22, 2018. https://doi.org/10.1007/s12517-018-4068-3
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, o SR e o SIG têm se apresentado como ferramentas adequadas e eficientes para a descrição quantitativa das características morfométricas das bacias hidrográficas, além de possibilitarem baixo custo operacional (GROHMANN; RICCOMINI; ALVES, 2007GROHMANN, C.H.; RICCOMINI, C.; ALVES, F.M. SRTM-based morphotectonic analysis of the Poços de Caldas Alkaline Massif, southeastern Brazil. Computers & Geosciences, v. 33, n. 1, p. 10-19, 2007. https://doi.org/10.1016/j.cageo.2006.05.002
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; RAWAT; MISHRA, 2016RAWAT, K.S.; MISHRA, A.K. Evaluation of relief aspects morphometric parameters derived from different sources of DEMs and its effects over time of concentration of runoff (TC). Earth Science Informatics, v. 9, n. 4, p. 409-424, 2016. https://doi.org/10.1007/s12145-016-0261-7
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; RAWAT; MISHRA; TRIPATHI, 2012RAWAT, K.S.; MISHRA, A.K.; TRIPATHI, V.K. Hydro-morphometrical analyses of sub-himalyan region in relation to small hydro-electric power. Arabian Journal of Geosciences, v. 6, n. 8, p. 2889-2899, 2012. https://doi.org/10.1007/s12517-012-0586-6
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).
Nesse contexto, o modelo digital de elevação (MDE) é a base central dos estudos de caracterização física das bacias, permitindo o armazenamento das informações geoespaciais em formato de grade e garantindo a automação do processo de análise das informações geográficas (SAHOO; JAIN, 2018SAHOO, R.; JAIN, V. Sensitivity of drainage morphometry based hydrological response (GIUH) of a river basin to the spatial resolution of DEM data. Computaters & Geoscience, v. 111, n. 268, p. 78-86, 2018. https://doi.org/10.1016/j.cageo.2017.10.001
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). O MDE tem sua matriz espacial baseada em uma resolução gráfica e analítica preestabelecida, que é função, entre outros fatores, da tecnologia de aquisição dos dados.
Atualmente, a nova geração de fotossensores pode proporcionar a aquisição de dados com resoluções espaciais menores que 2 metros, conforme Bajracharya e Jain (2020)BAJRACHARYA, P.; JAIN, S. Estimation of watershed width function: a statistical approach using LiDAR data. Stochastic Environmental Research and Risk Assessment, v. 34, n. 10, p. 1997-2011, 2020. https://doi.org/10.1007/s00477-020-01846-5
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. Tal evolução tem o potencial de transformar a análise e modelagem dos processos hidrológicos, principalmente no delineamento das redes de canais (SAHOO; JAIN, 2018SAHOO, R.; JAIN, V. Sensitivity of drainage morphometry based hydrological response (GIUH) of a river basin to the spatial resolution of DEM data. Computaters & Geoscience, v. 111, n. 268, p. 78-86, 2018. https://doi.org/10.1016/j.cageo.2017.10.001
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) e de zonas úmidas (WU; LANE, 2017WU, Q.; LANE, C.R. Delineating wetland catchments and modeling hydrologic connectivity using LiDAR data and aerial imagery. Hydrological and Earth System Sciences, v. 21, n. 7, p. 3579-3595, 2017. https://doi.org/10.5194/hess-21-3579-2017
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), auxiliando na compreensão dos processos de geração de escoamento (DEGETTO; GREGORETTI; BERNARD, 2015DEGETTO, M.; GREGORETTI, C.; BERNARD, M. Comparative analysis ft wo differences between using LiDAR and contour-based DEMs for hydrological modeling of runoff generating debris flows in the Dolomites. Frontiers in Earth Science, v. 3, n. 21, 2015. https://doi.org/10.3389/feart.2015.00021
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) e na sua modelagem analítica, conforme citam Biron et al. (2013)BIRON, P.M.; CHONÉ, G.; BUFFIN-BÉLANGER, T.; DEMERS, S.; OLSEN, T. Improvement of streams hydro-geomorphological assessment using LiDAR DEMs. Earth Surface Processes and Landforms, v. 38, n. 15, p. 1808-1821, 2013. https://doi.org/10.1002/esp.3425
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, Liu e Zhang (2011)LIU, X.; ZHANG, Z. Drainage network extraction using LiDAR derived DEM in volcanic plains. Area, v. 43, n. 1, p. 42-52, 2011., Rigon et al. (2016)RIGON, R.; BANCHERI, M.; FORMETTA, G.; DE LAVENNE, A. The geomorphological unit hydrograph from a historical-critical perspective. Earth Surface Processes and Landforms, v. 41, n. 1, p. 27-37, 2016. https://doi.org/10.1002/esp.3855
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e Yang et al. (2014)YANG, P.; AMES, D.P.; FONSECA, A.; ANDERSON, D.; SHRESTHA, R.; GLENN, N.F.; CAO, Y. What is the effect of LiDAR-derived DEM resolution on large-scale watershed model results? Environmental Modelling and Software, v. 58, p. 48-57, 2014. https://doi.org/10.1016/j.envsoft.2014.04.005
https://doi.org/10.1016/j.envsoft.2014.0...
.
Em que pesem os avanços tecnológicos da área, a maior parte dos estudos realizados nos últimos dez anos foi baseada em dados geoespaciais com resoluções da ordem de 30 metros. Favoravelmente a isso, segundo Bajracharya e Jain (2020)BAJRACHARYA, P.; JAIN, S. Estimation of watershed width function: a statistical approach using LiDAR data. Stochastic Environmental Research and Risk Assessment, v. 34, n. 10, p. 1997-2011, 2020. https://doi.org/10.1007/s00477-020-01846-5
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e Sahoo e Jain (2018)SAHOO, R.; JAIN, V. Sensitivity of drainage morphometry based hydrological response (GIUH) of a river basin to the spatial resolution of DEM data. Computaters & Geoscience, v. 111, n. 268, p. 78-86, 2018. https://doi.org/10.1016/j.cageo.2017.10.001
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, os modelos hidrológicos têm pouca sensibilidade à resolução do MDE, e resoluções diferentes fornecem resultados sem diferença estatisticamente significativa quando aplicadas em análises morfométricas. Outro aspecto relevante a ser considerado é que o aumento da resolução da base de dados geoespaciais acarreta aumento significativo da necessidade de armazenamento e processamento. Portanto, a relação custo-benefício do aumento da resolução do MDE ainda é discutível (BAJRACHARYA; JAIN, 2020BAJRACHARYA, P.; JAIN, S. Estimation of watershed width function: a statistical approach using LiDAR data. Stochastic Environmental Research and Risk Assessment, v. 34, n. 10, p. 1997-2011, 2020. https://doi.org/10.1007/s00477-020-01846-5
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).
As imagens de satélite e fotografias aéreas também são fontes importantes de informação, auxiliando na análise das características e geometria dos canais, rugosidades e uso da bacia. Sua aplicação pode se dar pelas análises visual, gráfica ou fotométrica (KALIRAJ; CHANDRASEKAR; MAGESH, 2015KALIRAJ, S.; CHANDRASEKAR, N.; MAGESH, N.S. Morphometric analysis ft wo River Thamirabarani sub-basin in Kanyakumari District, South west coast of Tamil Nadu, India, using remote sensing and GIS. Environmental Earth Science, v. 73, p. 7375-7401, 2015. https://doi.org/10.1007/x12665-014-3914-1
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; KALIRAJ; MEENAKSHI; MALAR, 2012KALIRAJ, S.; MEENAKSHI, S.M.; MALAR, V.K. Application of Remote sensing in Forest cover change detection using Geo statistical change detection matrices – A case study in Devampatti RF, Tamil Nadu. Nature Environment & Pollution Technology, v. 11, n. 2, p. 261-269, 2012.; MESA, 2006MESA, L.M. Morphometric analysis of a subtropical Andean basin (Tucuman, Argentina). Environmental Geology, v. 50, n. 8, p. 1235-1242, 2006. https://doi.org/10.1007/s00254-006-0297-y
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).
Os primeiros estudos morfométricos datam da década de 1940, e sua evolução tem se pautado na proposição de novos métodos que procuraram relacionar o comportamento hidrológico das bacias hidrográficas com suas características físicas. Também merecem igual destaque os esforços científicos e técnicos despendidos na definição dos parâmetros característicos das bacias hidrográficas, com notável interesse para a engenharia e sociedade em geral.
Dessa forma, o presente trabalho, além de contribuir com a caracterização física de 14 bacias hidrográficas brasileiras, com foco na Região Sul do Brasil, também apresenta uma análise de correlação entre os parâmetros morfométricos estudados, com o intuito de colaborar com a classificação da potencialidade de ocorrência de eventos extremos de vazões máximas nas bacias hidrográficas, propondo um método indicativo da susceptibilidade de ocorrência de cheias nas bacias hidrográficas, com base em suas características físicas.
METODOLOGIA
Foram selecionadas 14 bacias hidrográficas, com área predominantemente de uso rural, localizadas no sul do Brasil, com disponibilidade de dados raster e variabilidade de características morfométricas. A localização das bacias hidrográficas selecionadas é apresentada no Quadro 1, sendo o referencial geográfico a estação fluviométrica existente em sua exutória.
Inicialmente, procedeu-se ao tratamento dos dados tipo raster em software de geoprocessamento, utilizando para a delimitação das sub-bacias a rotina “Archydro”, e para a obtenção das declividades, a ferramenta “Slope”, do próprio software. O MDE foi disponibilizado pelo projeto TOPODATA do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2008), que realizou sucessivos refinamentos e correção de falhas dos dados Shuttle Radar Topography Mission (SRTM), fornecidos pelo U.S. Geological Survey. A resolução da matriz de dados geoespaciais empregada foi de 30 metros. Algumas informações complementares como comprimento axial da bacia, desnível do rio de maior ordem e desnível máximo da bacia foram obtidas do MDE do SIG Google Earth.
Os cursos d’água foram classificados segundo a metodologia de Horton (1945)HORTON, R.E. Erosional development of streams and their drainage basins: hydrophysical approach to quantitative morphology. Bulletin of the Geological Society of America, v. 56, n. 3, p. 275-370, 1945. https://doi.org/10.1130/0016-7606(1945)56[275:EDOSAT]2.0.CO;2
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, modificada por Strahler (1952STRAHLER, A.N. Dynamics basis of geomorphology. GSA Bulletin, v. 63, n. 9, p. 923-938, 1952. https://doi.org/10.1130/0016-7606(1952)63[923:DBOG]2.0.CO;2
https://doi.org/10.1130/0016-7606(1952)6...
; 1957STRAHLER, A.N. Quantitative Analysis of Watershed Geomorphology. Eos, Transactions American Geophysical Union, v. 38, n. 6, p. 913-920, 1957. https://doi.org/10.1029/TR038i006p00913
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; 1964STRAHLER, A.N. Quantitative geomorphology of drainage basins and channel networks. In: CHOW, V.T. (org.). Handbook of applied hydrology. Nova York: McGraw Hill Book Company, 1964. p. 4-11.). De forma sucinta, o método consiste em atribuir um número inteiro, de ordem, para cada trecho de curso d’água delimitado entre uma nascente e uma bifurcação ou entre duas bifurcações consecutivas. Os canais representados pelos segmentos que iniciam sua trajetória de escoamento de uma nascente são definidos como de primeira ordem. Os demais segmentos formados pela junção de dois trechos do curso d’água com a mesma ordem (ω) passam a ser classificados pelo primeiro número inteiro imediatamente superior ao dos trechos confluentes (ω + 1). Quando segmentos do curso d’água de ordens diferentes se unem, o segmento formado a jusante corresponde ao de maior ordem entre eles. Por fim, a ordem da bacia (Ω) é dada pelo rio de maior ordem.
A Figura 1 ilustra os resultados gráficos obtidos para a estação Parque Tingui.
Pelas informações geoespaciais obtidas para as bacias hidrográficas, foram estimados os parâmetros enunciados no Quadro 2, propostos por Horton (1933HORTON, R.E. The role of infiltration in the hydrologic cycle. Transactions of the American Geophysical Union, v. 14, n. 1, p. 446-460, 1933. https://doi.org/10.1029/TR014i001p00446
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; 1945HORTON, R.E. Erosional development of streams and their drainage basins: hydrophysical approach to quantitative morphology. Bulletin of the Geological Society of America, v. 56, n. 3, p. 275-370, 1945. https://doi.org/10.1130/0016-7606(1945)56[275:EDOSAT]2.0.CO;2
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), Miller (1953)MILLER, V.C. A quantitative geomorphic study of drainage basin characteristics on the Clinch Mountain area. Virginia and Tennessee, project NR, vol Tech Rep 3. Nova York: Columbia University, Department of Geology, 1953., Schumm (1956)SCHUMM, S.A. Evolution of drainage systems and slopes in badlands at Perth Amboy, New Jersey. Geological Society of America Bulletin, v. 67, n. 5, p. 597-646, 1956. https://doi.org/10.1130/0016-7606(1956)67[597:EODSAS]2.0.CO;2
https://doi.org/10.1130/0016-7606(1956)6...
e Strahler (1952STRAHLER, A.N. Dynamics basis of geomorphology. GSA Bulletin, v. 63, n. 9, p. 923-938, 1952. https://doi.org/10.1130/0016-7606(1952)63[923:DBOG]2.0.CO;2
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; 1964STRAHLER, A.N. Quantitative geomorphology of drainage basins and channel networks. In: CHOW, V.T. (org.). Handbook of applied hydrology. Nova York: McGraw Hill Book Company, 1964. p. 4-11.; 1968STRAHLER, A.N. Quantitative geomorphology. In: FAIRBRIDGE, R.W. (org.). The encyclopedia of geomorphology. Nova York: Reinhold Book Crop, 1968.) e utilizados por Kaliraj, Chandrasekar e Magesh (2015)KALIRAJ, S.; CHANDRASEKAR, N.; MAGESH, N.S. Morphometric analysis ft wo River Thamirabarani sub-basin in Kanyakumari District, South west coast of Tamil Nadu, India, using remote sensing and GIS. Environmental Earth Science, v. 73, p. 7375-7401, 2015. https://doi.org/10.1007/x12665-014-3914-1
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.
Todas as bacias foram classificadas considerando-se os critérios apresentados nos Quadros 3 e 4.
Na sequência, realizou-se uma análise de correlação entre os fatores morfométricos, com o intuito de identificar seus padrões de relação, com especial atenção ao parâmetro denominado coeficiente de rugosidade da bacia, pois possibilita a representação sintética da geometria espacial tridimensional da bacia hidrográfica. O método utilizado para tanto foi o do coeficiente de Spearman, que conforme Bauer (2007)BAUER, L. Estimação do Coeficiente de Correlação de Spearman Ponderado. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2007. é indicado para amostra cuja hipótese de normalidade bivariada não é confirmada, exigindo somente que as variáveis sejam medidas em escala ordinal. Para classificar os resultados, utilizaram-se os intervalos:
-
0 ≤ ρ ≤ 0,30: correlação fraca;
-
0,30 < ρ ≤ 0,50: correlação moderada;
-
0,50 < ρ ≤ 1: correlação forte.
A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk, adotando α = 5%. O teste de Shapiro-Wilk é, aparentemente, o melhor teste de aderência à normalidade, segundo Mesquita, Castelo Branco e Soares (2013)MESQUITA, M.; CASTELO BRANCO, V.T.F.; SOARES, J.B. Utilização dos testes estatísticos de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk para verificação da normalidade para materiais de pavimentação. Transportes, v. 21, n. 1, p. 59-66, 2013. https://doi.org/10.4237/transportes.v21i1.566
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. Shapiro e Wilk (1965)SHAPIRO, S.S.; WILK, M.B. An Analysis of Variance Test for Normality (Complete Samples). Biometrika Trust, v. 52, n. 3-4, p. 591-609, 1965. https://doi.org/10.2307/2333709
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desenvolveram esse teste e mostraram que ele é eficiente para diferentes distribuições e tamanhos de amostras, quando comparado aos resultados de outros testes.
Por fim, com base nos resultados da análise de correlação, apresentou-se a proposição de dois novos indicadores representativos das características físicas das bacias, denominados indicador da declividade média dos rios e coeficiente de susceptibilidade de enchentes, obtidos pela adaptação conceitual dos parâmetros bibliográficos exibidos no Quadro 2.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Conforme o Quadro 3, as bacias estudadas têm áreas de drenagem de aproximadamente 4 a 850 km2 e ordens segundo a classificação de Strahler (1964)STRAHLER, A.N. Quantitative geomorphology of drainage basins and channel networks. In: CHOW, V.T. (org.). Handbook of applied hydrology. Nova York: McGraw Hill Book Company, 1964. p. 4-11. de 3 a 6, sendo consideradas de pequeno a médio porte. No Quadro 4 são apresentadas as classificações de cada bacia hidrográfica, de acordo com os critérios de classificação existentes ou propostos neste estudo.
A densidade de drenagem variou entre 0,5 e 0,9 km/km2, sendo as bacias consideradas de drenagem regular, segundo Beltrame (1994)BELTRAME, A.V. Diagnóstico do meio ambiente físico de bacias hidrográficas: modelo de aplicação. Florianópolis: UFSC, 1994. 112 p.. Excetua-se à bacia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que apresentou densidade de drenagem muito alta, o que pode potencializar a chance de ocorrência de picos de cheia e a redução do tempo de concentração. Comportamento semelhante foi observado para a densidade hidrográfica, de modo que, segundo a escala proposta por Lollo (1995)LOLLO, J.A. O uso da técnica de avaliação do terreno no processo de elaboração do mapeamento geotécnico: sistematização e aplicação na quadrícula de Campinas. 1995. Tese (Doutorado em Geotecnia) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1995., todas as bacias são enquadradas como de baixa densidade hidrográfica, com exceção da bacia da UFSC, classificada como de alta densidade hidrográfica. Naturalmente, isso confirma a expectativa de ocorrência de eventos de enchente extremos na bacia da UFSC.
Verificou-se também significativa diferença entre os resultados da densidade de confluência para a bacia da UFSC em relação às demais. Observou-se que o número de confluência por área de drenagem é maior quanto mais bem drenada é a bacia hidrográfica, o que é justificado pela maior fragmentação da área de drenagem dos diversos cursos d’água, dessa forma auxiliando o processo de escoamento das águas superficiais na bacia.
Pode-se constatar, na Figura 2, forte correlação positiva entre os parâmetros densidade de drenagem (DD), densidade hidrográfica (DH) e densidade de confluência (DC), haja vista que representam as mesmas características fisiográficas da bacia. Com base nisso e não existindo uma escala referencial de classificação para a densidade de confluência, adotou-se a mesma escala de classificação utilizada para a densidade hidrográfica, proposta por Lollo (1995)LOLLO, J.A. O uso da técnica de avaliação do terreno no processo de elaboração do mapeamento geotécnico: sistematização e aplicação na quadrícula de Campinas. 1995. Tese (Doutorado em Geotecnia) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1995..
Analisando a forma das bacias hidrográficas, pode-se encontrar homogeneidade no fator de compacidade (KC) das bacias estudadas, excetuando-se a PCH Angelina, que apresentou coeficiente de compacidade duas vezes maior que as demais. Segundo os critérios de Gravélius, nenhuma bacia apresenta risco de ocorrências de enxurradas repentinas, pois as distribuições espaciais de suas áreas de drenagem são pouco concentradas. Para Singh, Cui e Byrd (2014)SINGH, V.P.; CUI, H.; BYRD, A. Sediment Graphs Based on Entropy Theory. Journal of Hydrologic Engineering, v. 20, n. 6, 2014. https://doi.org/10.1061/(ASCE)HE.1943-5584.0001068
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, bacias com geometria irregular permitem maior distribuição do deflúvio, resultando no aumento do tempo de concentração, o que sugere menor concentração das vazões de escoamento superficial direto. Portanto, esse índice auxilia na descrição da relação espaço-tempo do escoamento superficial direto da bacia, sendo relevante na descrição do processo hidráulico o escoamento superficial da bacia hidrográfica.
O fator de forma conceitualmente tem relação direta com a ocorrência de chuvas intensas em toda a extensão da bacia, sendo esse fenômeno menos provável quanto mais alongadas forem as bacias hidrográficas (LORENZON; DIAS; TONELLO, 2015LORENZON, A.S.; DIAS, H.C.; TONELLO, K.C. Escoamento superficial da água da chuva em um fragmento florestal de Mata Atlântica, Viçosa-MG. Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável, v. 5, n. 1, p. 50-58, 2015. https://doi.org/10.21206/rbas.v5i1.316
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). Os resultados encontrados para o fator de forma (KF) indicam que todas as bacias estudadas possuem predominância de formato alongado, sendo as bacias com maior susceptibilidade de enchentes, segundo esse critério, Itariri, PCH José Barasuol e PCH Angelina. O coeficiente de forma, apesar de também apresentar correlação moderada com os demais parâmetros, mostrou-se mais significativo que o coeficiente de compacidade, para descrição física da bacia.
O comprimento de escoamento superficial (LG) tem relação direta com o tempo de concentração da bacia hidrográfica, podendo, quando associado à velocidade média do escoamento superficial direto, auxiliar em sua estimativa. O comprimento de escoamento superficial apresentou correlação inversa forte com a densidade de drenagem e densidade de confluência e moderada com a densidade hidrográfica. Apresentou também correlação positiva moderada com o coeficiente de forma. Portanto, tem bom potencial para representar sinteticamente as características planas e de capacidade de drenagem da bacia hidrográfica. Para sua classificação, apresenta-se uma proposta no Quadro 4, elaborada com base na compacidade da bacia.
Com base no princípio de que o escoamento superficial se processa de duas formas bem distintas (nas superfícies ou vertentes da bacia e nos cursos d’água), há a necessidade de se conhecer o comportamento médio da declividade para ambas as trajetórias hidráulicas. A declividade da bacia pode ser facilmente estimada pelos processos de tratamento dos dados geoespaciais, por meio de rotinas já difundidas na maioria dos softwares de GIS. Logo, conforme o critério da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa, 1979EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Súmula da 10. Reunião Técnica de Levantamento de Solos. Rio de Janeiro: Embrapa, 1979.), as bacias foram classificadas desde suavemente a fortemente onduladas, havendo a predominância de bacias com relevo ondulado a fortemente ondulado. A declividade da bacia (DB) apresentou correlação positiva forte e moderada com declividade axial, coeficiente rugosidade da bacia e fator de forma, e correlação inversa também forte e moderada com a densidade hidrográfica e densidade de confluência.
A estimação da declividade média dos rios pelo MDE, nos softwares GIS, ainda apresenta certa dificuldade operacional, sendo necessárias várias rotinas, que resultam em estimativas com alto grau de incerteza. Logo, sua estimativa geralmente é baseada em métodos de medição gráfica manual, que, além de demandar esforço operacional elevado, representam fontes de erros e incertezas, principalmente relacionadas à reprodutibilidade do processo.
Com o intuito de corroborar nesse sentido, propôs-se a utilização de um indicador indireto para caracterização da declividade média global dos rios da bacia. Combinando os parâmetros morfométricos declividade axial (DA) e coeficiente de sinuosidade (KS), conforme a Equação 1, obteve-se o indicador da declividade média dos rios (DR), posteriormente classificado pelos critérios exibidos no Quadro 4.
Onde:
DR: indicador da declividade média dos rios (%);
DA: declividade axial (%);
KS: coeficiente de sinuosidade (adimensional).
A declividade axial da bacia pode ser enunciada como a relação entre a diferença de altitude da bacia e o comprimento do seu eixo predominante, sendo fortemente correlacionada com os parâmetros geométricos tridimensionais e com a declividade da bacia. Também se identificou que a declividade axial apresentou valores na ordem de 20% da declividade das bacias estudadas. A declividade axial (DA) teve correlação negativa forte com o coeficiente sinuosidade dos cursos d’água e moderada com a densidade hidrográfica. Ainda, apresentou correlação positiva forte com o coeficiente de rugosidade da bacia.
Conforme Souza et al. (2017)SOUZA, C.F.; PERTILLE, C.T.; CORRÊA, B.J.S.; VIEIRA, F.S. Caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do rio Ivaí–Paraná. Geoambiente On-line, n. 29, p. 93-110, 2017. https://doi.org/10.5216/revgeoamb.v0i29.50602
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, o coeficiente de sinuosidade (KS) varia entre 1 e 2, sendo 1 o indicativo de canais retilíneos, ao passo que valores próximos a 2 indicam sinuosidade elevada dos canais. As bacias hidrográficas UFSC e Piteu são as que apresentaram maior retilineidade nos canais, enquanto as bacias com cursos d’água mais sinuosos foram Salto das Flores, PCH José Barasuol, Itapocu, PCH Angelina e Ermo. A bacia hidrográfica Guatapará Baixo é a de maior sinuosidade.
O coeficiente de correlação entre a declividade axial (DA) e o indicador da declividade dos rios (DR) foi de ρ = 0,96, corroborando com a hipótese de que a declividade axial associada ao coeficiente de sinuosidade pode representar satisfatoriamente a declividade média global dos rios da bacia hidrográfica.
Os resultados aplicados às bacias estudadas estão no Quadro 4. Dessa forma, podem-se classificar as bacias da UFSC e Itariri como fortemente inclinadas, sendo elas de baixa sinuosidade e alta declividade. Por outro lado, as bacias do Parque Tingui, Salto das Flores, PCH José Barasuol, PCH Fazenda Velha e Guatapará Baixo possuem cursos d’água bastante sinuosos e declividade axial baixa, sendo classificadas como pouco inclinadas. As demais bacias apresentam declividade média dos cursos d’água na casa de 2%. De maneira sintética, percebe-se que a relação espaço-tempo do escoamento direto na bacia pode ser descrita por quatro características principais, descritas no Quadro 5, e a junção das três primeiras características possibilita descrever indiretamente a forma tridimensional da bacia.
Portanto, o coeficiente de rugosidade da bacia é um parâmetro de representação tridimensional da bacia hidrográfica, permitindo associar várias informações que regem o comportamento do escoamento direto. Conforme a Figura 2, este apresentou correlação moderada e forte com vários parâmetros, exceto com densidade de drenagem, densidade de confluência, coeficiente de compacidade, comprimento do escoamento superficial e coeficiente de sinuosidade. Cabe ressaltar que a associação do coeficiente de sinuosidade com a declividade axial, conforme a Equação 1, apresenta correlação composta forte com o coeficiente de rugosidade da bacia (ρ = 0,83).
De modo geral, quanto maior o coeficiente de rugosidade da bacia, maior é sua declividade e melhor é sua condição de drenagem. Também é mais suscetível a eventos simultâneos de precipitação na bacia, ou seja, maior é o potencial para eventos extremos de vazão máxima. Nessa lógica, cruzando-se os critérios de classificação dos parâmetros, puderam-se propor os intervalos de classificação apontados no Quadro 4. Portanto, a bacia da UFSC é considerada muito suscetível, e a bacia Ermo, suscetível a eventos de enchente. As demais bacias são consideradas regulares e pouco suscetíveis a esse tipo de eventos.
Avaliando a formulação do coeficiente de rugosidade da bacia, pôde-se propor o refinamento de sua representação, pela substituição do parâmetro de desnível altimétrico máximo pela declividade axial da bacia. Na Figura 3, verifica-se a existência de relação geométrica entre a declividade axial e o coeficiente de rugosidade da bacia, com R2 = 0,80, ajustado a um modelo de regressão não linear.
Com base nesse comportamento, foi possível propor o coeficiente de susceptibilidade de enchentes, estimado pela Equação 2, com a classificação apresentada no Quadro 4, refinando dessa forma a descrição da geometria tridimensional da bacia.
Em que:
KSE: coeficiente de susceptibilidade de enchentes (%.km/km2);
DD: densidade de drenagem (km/km2);
DA: declividade axial (%);
A: área de drenagem (km2);
Σ LC: comprimento dos rios da bacia (km);
L: comprimento axial (m);
Δz: desnível altimétrico máximo (m).
O coeficiente proposto tem relação com a forma da bacia (A e L), fornecendo um indicativo da sinuosidade de seus cursos d’água, compacidade e potencial drenante da bacia (Σ LC, L e A), bem como de sua declividade (Δz, L). Convém ressaltar a importância do comprimento axial no método proposto, sendo o parâmetro de escala. Analisando os resultados da análise de correlação da Figura 2, fica claro que o coeficiente de susceptibilidade de enchentes representa satisfatoriamente as características físicas da bacia, pois não apresenta correlação somente com dois parâmetros (coeficiente de forma e densidade de confluência).
Fisicamente o coeficiente de susceptibilidade representa também a magnitude do tempo de concentração da bacia. Quanto maior o coeficiente, menor o tempo de concentração esperado para bacias com características físicas semelhantes. Analisando os resultados obtidos pela aplicação do método proposto, de acordo com o Quadro 4, constatou-se coerência com os demais parâmetros morfométricos, no entanto com um grau de refinamento na classificação de risco. Verificou-se que a bacia da UFSC ainda é considerada de risco muito alto à ocorrência de enchentes. Por outro lado, uma análise mais refinada da condição de declividade das bacias leva a classificar três bacias com risco alto, especificamente as bacias Piteu, Itariri e Ermo. Também, incluíram-se as bacias Vargem Grande, CGH Caju, Mirim Doce e Guatapará Baixo na lista de risco regular.
Na prática, os resultados expressam uma previsão do comportamento do hidrograma de cheias (sua forma e escala), e a frequência da ocorrência de eventos extremos é função do comportamento probabilístico dos eventos hidrológicos de precipitação.
CONCLUSÃO
Em que pese a complexidade dos processos hidrológicos em bacias hidrográficas, a previsão do comportamento do escoamento direto passa entre outros fatores pela caracterização geométrica das bacias. A interação entre suas diversas características físicas e destas com o escoamento superficial direto é tema de diversos estudos, com abordagens distintas.
Todavia, percebe-se que as incertezas associadas aos processos de estimação dos parâmetros dos modelos podem ser muito relevantes para a qualidade dos resultados. Com base nisso, entende-se que a busca por métodos mais parcimoniosos, com menos e mais representativos parâmetros de entrada, pode possibilitar, para fins práticos de aplicação, resultados satisfatórios e com maior aplicabilidade.
No que tange às bacias estudadas, puderam-se identificar as variações mais significativas no que diz respeito à forma e às condições de drenagem para a bacia da UFSC; esta, do ponto de vista morfométrico, é a mais suscetível à ocorrência de enchentes. Também merecem destaque as bacias Itariri, Piteu e Ermo, que apresentam risco elevado, relacionado à sua declividade e à estrutura dendrítica de seu sistema de drenagem. Portanto, pôde-se identificar relação significativa entre os fatores morfológicos das bacias e seu possível comportamento diante da ocorrência de vazões extremas.
Na análise de correlação entre os fatores morfométricos, foi possível identificar forte relação entre o fator de forma e os parâmetros relacionados às características da rede de drenagem da bacia (densidade de drenagem, densidade hidrográfica, densidade de confluência e comprimento de escoamento superficial). Por causa das possibilidades apresentadas pelos softwares de geoprocessamento, entende-se como mais favorável a aplicação do parâmetro da densidade de drenagem, para representar essa classe de características bidimensionais.
O coeficiente de compacidade não apresentou correlação significativa com nenhum dos parâmetros morfométricos estudados, sendo pouco representativo para descrever as características físicas da bacia hidrográfica.
Avaliando o comportamento dos parâmetros morfométricos na dimensão altimétrica, pôde-se perceber que a declividade axial apresenta relação com os parâmetros da forma tridimensional e da rede de canais da bacia.
O coeficiente de sinuosidade dos cursos d’água da bacia apresentou baixa correlação com os demais parâmetros, no entanto, quando associado à declividade axial, passa a apresentar correlação significativa com a declividade média dos cursos d’água. A declividade axial isoladamente apresentou boa correlação com a declividade média da bacia. Neste trabalho foi possível propor critérios para classificá-la, adaptados em função do método Embrapa (1979)EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Súmula da 10. Reunião Técnica de Levantamento de Solos. Rio de Janeiro: Embrapa, 1979..
De todos os parâmetros morfométricos estudados, pode-se destacar como o mais representativo das características físicas das bacias o coeficiente de rugosidade da bacia desde a sua correlação com todos os demais parâmetros, exceto os dos coeficientes de sinuosidade e de compacidade. Com base nisso, foi possível propor um método de classificação.
De modo complementar, o presente estudo apresenta uma contribuição ao método do coeficiente de rugosidade da bacia, incorporando a declividade axial na sua formulação. Como resultados, conseguiu-se propor um indicador que representa indiretamente a forma e a declividade da bacia, bem como a sinuosidade dos cursos d’água. Os resultados encontrados para as bacias estudadas foram satisfatórios, podendo auxiliar em metodologias de classificação de riscos de desastres.
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Financiamento: nenhum.
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Errata
10.1590/S1413-41522022194ERRATUMNo manuscrito “Caracterização física de 14 bacias hidrográficas brasileiras: proposição do indicador da declividade média dos rios e do coeficiente de suscetibilidade de enchentes”, DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-415220220194, publicado no periódico Eng Sanit Ambient., 2023, v. 28, e2022194Onde se lê:Lê-se:
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Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
14 Ago 2023 -
Data do Fascículo
2023
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Recebido
05 Out 2022 -
Aceito
26 Abr 2023