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Digestão anaeróbica em duas fases de águas residuais de mandioca com adição de glicerol residual para produção de hidrogênio e metano

RESUMO

A produção de biogás por meio da codigestão de dois ou mais resíduos tem atraído atenção crescente de pesquisadores que buscam otimizar esse processo. A adição de glicerol aos resíduos agroindustriais durante a biodigestão anaeróbica tem demonstrado aumentar a produção de biogás e metano. No entanto, a utilização de um processo em duas fases focado na produção de hidrogênio ainda não foi amplamente explorada. Este trabalho visa avaliar a biodigestão anaeróbica em duas fases de águas residuais de mandioca, adicionando glicerol residual e águas residuais suínas para aumentar a produção de hidrogênio e metano. Um biodigestor em escala piloto foi utilizado durante a fase acidogênica a 38,5°C, contendo 4% de glicerol. O efluente foi submetido a tratamento metanogênico, e a influência da temperatura (36,0 a 39,0°C) e da concentração de bicarbonato de sódio (2,0 a 6,0 g L⁻¹) foi avaliada. Os resultados indicaram que as condições ótimas durante a fase metanogênica foram 39,0°C com uma concentração de bicarbonato de sódio de 5,0 g L⁻¹. A biodigestão em duas fases produziu 30,8 mL de H₂ por RCOD⁻¹ e 104,5 mL de CH₄ por RCOD⁻¹. Assim, os substratos e o inóculo utilizados foram adequados para o processo de biodigestão anaeróbica, aumentando a eficiência energética do processo devido à produção de hidrogênio.

Palavras-chave
biodigestão anaeróbica; codigestão; biogás; biometano; hidrogênio verde

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