Densidade de drenagem
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É a razão entre o comprimento total dos canais (ΣLC) e a área da bacia hidrográfica (A). Vilella e Mattos (1975)VILELLA, S.M.; MATTOS, A. Hidrologia aplicada. São Paulo: McGraw Hill do Brasil, 1975. afirmam que os valores esperados variam de 0,5 km/km2 para bacias de drenagem pobre a 3,5 km/km2 ou mais para bacias excepcionalmente bem drenadas. Esse parâmetro está diretamente ligado à topografia e reflete a relação entre a forma da bacia e os processos de infiltração e do tempo de resposta à precipitação (KALIRAJ; CHANDRASEKAR; MAGESH, 2015KALIRAJ, S.; CHANDRASEKAR, N.; MAGESH, N.S. Morphometric analysis ft wo River Thamirabarani sub-basin in Kanyakumari District, South west coast of Tamil Nadu, India, using remote sensing and GIS. Environmental Earth Science, v. 73, p. 7375-7401, 2015. https://doi.org/10.1007/x12665-014-3914-1 https://doi.org/10.1007/x12665-014-3914-...
). Quanto menor a densidade de drenagem da bacia, mais alta é a taxa de infiltração, o que, por sua vez, aumenta a recarga das águas subterrâneas (KRISHNAMURTHY et al., 2000KRISHNAMURTHY, J.; MANI, A.; JAYARAMAN, V.; MANIVEL, M. Groundwater resources development in hard rock terrain—an approach using remote sensing and GIS techniques. International Journal of Applied Earth Observation and Geoinformation, v. 2, n. 3-4, p. 204-215, 2000. https://doi.org/10.1016/S0303-2434(00)85015-1 https://doi.org/10.1016/S0303-2434(00)85...
). O inverso é válido no que tange à resposta de escoamento direto. |
Densidade hidrográfica
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Representa a razão entre o número de canais (N) por unidade de área da bacia hidrográfica (A), segundo Christofoletti (1974)CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blucher e EDUSP, 1974.. Tem relação com a capacidade de ramificação dos cursos d’água. |
Densidade de confluência
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É a razão entre o número de confluências ou bifurcações (NC) e a área da bacia hidrográfica (A). Baixas densidades de confluências indicam bacias aluviais, enquanto valores altos de densidade significam estruturas de colinas (HORTON, 1933HORTON, R.E. The role of infiltration in the hydrologic cycle. Transactions of the American Geophysical Union, v. 14, n. 1, p. 446-460, 1933. https://doi.org/10.1029/TR014i001p00446 https://doi.org/10.1029/TR014i001p00446...
). Também existe relação direta entre a densidade de drenagem e a densidade de confluência (KALIRAJ; CHANDRASEKAR; MAGESH, 2015KALIRAJ, S.; CHANDRASEKAR, N.; MAGESH, N.S. Morphometric analysis ft wo River Thamirabarani sub-basin in Kanyakumari District, South west coast of Tamil Nadu, India, using remote sensing and GIS. Environmental Earth Science, v. 73, p. 7375-7401, 2015. https://doi.org/10.1007/x12665-014-3914-1 https://doi.org/10.1007/x12665-014-3914-...
). |
Coeficiente de compacidade
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Consiste na relação entre o perímetro da bacia (PB) e o perímetro de um círculo () da mesma área que a bacia hidrográfica. Conforme Carvalho e Silva (2006)CARVALHO, D.F.; SILVA, L.D.B. Hidrologia. Rio de Janeiro: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2006., seu valor é sempre maior que 1, e, quanto menor seu valor, menor é o tempo de concentração. |
Fator de forma
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É a razão entre a largura média da bacia () e o comprimento do eixo da bacia ou comprimento axial (L) (da foz ao ponto mais longínquo da área). Carvalho e Silva (2006)CARVALHO, D.F.; SILVA, L.D.B. Hidrologia. Rio de Janeiro: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2006. destacam que, quanto menor for seu valor, menos suscetível a enchentes será a bacia. |
Comprimento de escoamento superficial
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É definido como a distância de escoamento superficial da água até atingir determinado canal (HORTON, 1945HORTON, R.E. Erosional development of streams and their drainage basins: hydrophysical approach to quantitative morphology. Bulletin of the Geological Society of America, v. 56, n. 3, p. 275-370, 1945. https://doi.org/10.1130/0016-7606(1945)56[275:EDOSAT]2.0.CO;2 https://doi.org/10.1130/0016-7606(1945)5...
). Pode ser estimado como a metade do inverso da densidade de drenagem (DD). Quanto menor for o comprimento de escoamento superficial, menor o tempo de concentração da bacia hidrográfica (IFABIYI, 2004IFABIYI, I.P. A reduced rank model of drainage basin response to runoff in Upper Kaduna catchment of Northern Nigeria. Geo-Studies Forum, v. 2, n. 1, p. 109-117, 2004.). |
Declividade da bacia
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É a média aritmética das declividades entre cada pixel () do modelo digital de elevação, sendo estimada pela razão entre o desnível dos pixels adjacentes (ΔZi) e a sua resolução espacial (LP). Essa característica representa a média da inclinação da superfície de drenagem da bacia até sua exutória. A declividade da bacia é um dos aspectos eficazes para avaliar as enchentes, e a velocidade do escoamento superficial aumenta à medida que a declividade aumenta (KALIRAJ; CHANDRASEKAR; MAGESH, 2015KALIRAJ, S.; CHANDRASEKAR, N.; MAGESH, N.S. Morphometric analysis ft wo River Thamirabarani sub-basin in Kanyakumari District, South west coast of Tamil Nadu, India, using remote sensing and GIS. Environmental Earth Science, v. 73, p. 7375-7401, 2015. https://doi.org/10.1007/x12665-014-3914-1 https://doi.org/10.1007/x12665-014-3914-...
). |
Declividade axial
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Consiste na relação entre a diferença máxima de altitude da bacia (Δz) e o comprimento do eixo da bacia ou comprimento axial (L) (da foz ao ponto mais longínquo da área). |
Coeficiente de sinuosidade dos cursos d’água
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É a relação entre o comprimento do rio principal (LR) e o comprimento do talvegue do rio principal (LT) medido em linha reta da nascente até a exutória. Tem relação com o controle de velocidade na bacia e com o tempo de concentração. Leopold e Wolman (1957)LEOPOLD, L.B.; WOLMAN, M.G. River channel patterns: braided, meandering, and straight. US Geological Survey Professional Paper 282-B, 1957. recomendam que bacias com valor KS menor que 1,5 sejam consideradas de baixa sinuosidade e acima desse valor de alta sinuosidade. |
Coeficiente de rugosidade da bacia hidrográfica
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É o produto da diferença máxima de altitude da bacia (Δz) pela sua densidade de drenagem (DD), tendo relação com a declividade média dos cursos d’água. Os valores de rugosidade elevados indicam bacias de declive mais íngremes, enquanto os valores de rugosidade baixos indicam bacias menos íngreme e menos influenciadas pelas estruturas geológicas (KALIRAJ; CHANDRASEKAR; MAGESH, 2015KALIRAJ, S.; CHANDRASEKAR, N.; MAGESH, N.S. Morphometric analysis ft wo River Thamirabarani sub-basin in Kanyakumari District, South west coast of Tamil Nadu, India, using remote sensing and GIS. Environmental Earth Science, v. 73, p. 7375-7401, 2015. https://doi.org/10.1007/x12665-014-3914-1 https://doi.org/10.1007/x12665-014-3914-...
). |