Resumo
Objetivo Este estudo teve por objetivo avaliar as propriedades psicométricas da versão brasileira da Escala de Apego Materno-Fetal, aplicada às gestantes da Atenção Primária à Saúde.
Método Estudo metodológico, realizado com 937 gestantes assistidas na Estratégia Saúde da Família, em Montes Claros, Minas Gerais - Brasil. Avaliaram-se sensibilidade psicométrica, validade de construto, validade de critério e confiabilidade.
Resultados O instrumento alcançou adequada sensibilidade psicométrica (assimetria < 3 e curtose < 7). Obtiveram-se os indicadores de qualidade do ajuste do modelo: x2/gl = 4,72, CFI = 0,89, GFI = 0,90, TLI = 0,87, RMSEA = 0,063 (90% = 0,059-0,067, p = 0,000). O teste de hipóteses indicou associações com estado conjugal (p = 0,036), renda (p = 0,030), trimestre (p < 0,001), gestação planejada (p = 0,003), apoio social (p < 0,001) e APGAR familiar (p < 0,001). Correlações significantes (p < 0,001) com estresse (r = -0,12) e sintomas depressivos (r = -0,17) evidenciaram a validade de critério divergente. Registrou-se α de Cronbach de 0,874.
Conclusão A escala apresentou evidências psicométricas adequadas para aplicação a gestantes no cenário da Atenção Primária à Saúde.
Palavras-chave: Atenção primária à saúde; Epidemiologia; Estudo de validação; Psicometria; Relações materno-fetais