Este estudo teve como objetivo conhecer e refletir sobre o luto e os fatores de risco e proteção presentes no processo de institucionalização da criança em casas abrigo, a partir da prática de seus cuidadores. Foram analisados recortes de supervisões de cinco cuidadoras de nível técnico que trabalhavam em instituições de abrigo de crianças e que eram participantes de um grupo de supervisão coordenado pela autora. Estudar a respeito da prática dos cuidadores no processo de institucionalização foi importante para visualizar como a instituição pode interferir positiva e negativamente no processo de recuperação emocional após a separação da família, minimizando, ou não, problemas futuros de vinculação. A instituição e todos os envolvidos neste processo têm a possibilidade de prover grande parte dos fatores de proteção relacionados ao período de institucionalização, abrindo-se um caminho para pensarmos em intervenções preventivas e terapêuticas para a criança abrigada.
Criança; Cuidado substituto; Fator de risco; Luto; Vínculo