Observa-se poucos trabalhos destinados ao acompanhamento de parturientes que desejam doar seus bebês. A importância deste acompanhamento reside em auxiliar a decisão sobre a doação. Objetivou-se com este trabalho descrever um protocolo utilizado com 24 parturientes que demostraram interesse em doar o Recém-Nascido (R. N.) no período entre 1996 e 1998, num Hospital-Escola de Campinas-SP, como também algumas características sociais dos sujeitos. A maioria possuía nível socio-econômico baixo e faixa etária entre 16 e 36 anos. A maioria estava desempregada durante a coleta, não possuindo renda fixa (79,2%), sendo 66,6% das parturientes solteiras, casadas (12,5%), amasiadas (8,3%), separadas legalmente (8,3%) e divorciadas (4,1%). O protocolo foi composto por entrevista inicial com Psicóloga e Assistente Social, para investigação dos aspectos psico-sociais e econômicos, assim como a intenção da doação. Os sujeitos foram acompanhados individualmente com o propósito de auxiliar na decisão de doar o R. N. Dos 24 casos, 50% não requereram doação; 41,6% efetuou-se a doação e, 8,3% ocorreu óbito do R.N. Acredita-se que este protocolo auxilie a parturiente a enfrentar a decisão e as conseqüências da doação de forma mais concisa e eficaz para este momento estressante da vida.
Parturientes; doação; protocolo; recém-nascido