Como formar à informática é problemática perseguida por pesquisadores e docentes na atualidade. O presente estudo teve por objetivos: a) avaliar o tipo de formação à informática oferecida por escolas especializadas em Campinas; b) explorar o espaço do vídeo dentro desta formação, articulado ao conceito de aprendizagem expresso nas representações sociais dos coordenadores desses cursos. Um questionário (questões abertas e fechadas) foi respondido individualmente por oito representantes de escolas. Principais resultados: quanto à estrutura das formações, dois grupos de escolas se destacaram; a) aquelas que ofereciam formações sobre informática de escritório (57% da amostra); b) estabelecimentos com formação menos orientada (uso de programas e programação, 43% da amostra), podendo haver populações-alvo (jovens ou adultos, 72% da amostra). O modelo implícito de aprendizagem subjacente não revelou um conjunto conceitual marcante dentro do qual o recurso ao vídeo poderia se claramente articulado, sendo distribuídas as dimensões entre ênfase na ação do aluno (37% do total de argumentos recolhidos), em seus pré-requisitos para a formação (32% dos argumentos) e métodos de ensino (32% dos argumentos). Conclusões: paradoxalmente, numa formação para a qual a prática com o computador é vista como fundamental, parece haver uma pré-disposição desses docentes para o ingresso do vídeo na formação à infonnática. Todavia, a estrutura dos cursos sugeriria uma ausência de política de formação a essa tecnologia na região, necessitando de novas pesquisas para aprofundamento dessas tendências identificadas.
Formação à informática; representação social; video; modelo de aprendizagem