Segundo a Organização Mundial de Saúde, a fim de se aprimorarem os serviços de saúde mental, são necessários investimentos na produção de dados concretos sobre os serviços e os recursos existentes. Para cumprir essa orientação, é imprescindível uma atitude epidemiológica", de forma a não permitir que o trabalho se restrinja apenas à aplicação de técnicas, mas imponha uma postura de invenção permanente ao lidar com o sofrimento psíquico. Este estudo, que traça o perfil epidemiológico da população que utiliza o serviço de psicologia do Ambulatório de Saúde Mental de Birigui São Paulo, foi realizado através de coleta de dados dos prontuários dos pacientes em atendimento psicoterapêutico. Foram pesquisados: idade, gênero, queixa, realização e duração de tratamento psicológico anterior, período do atual tratamento psicológico, forma de encaminhamento ao ambulatório e tipo de tratamento. Segundo os dados, a população atendida foi predominantemente de adultos (82,8%) do gênero feminino (81,0%). O sintoma mais comum relatado foi o transtorno depressivo (61,1%), e a maioria (72,2%) estava em tratamento psicológico pela primeira vez. Os dados analisados nos permitem concluir que a caracterização dos pacientes auxilia no esboço de um perfil de usuários para orientar e propor atendimentos dos serviços de saúde mental.
Depressão; Identidade de gênero; Perfil de saúde; Saúde mental; Sintomas psiquicos
