Este trabalho busca demonstrar, a partir de vinhetas clínicas, as consequências negativas trazidas na vida de mulheres pela experiência de terem sido abandonadas pela figura paterna. Neste estudo, o referencial teórico foi principalmente a psicologia analítica, além dos conceitos psicanalíticos de compulsão à repetição e melancolia. São também descritos os progressos alcançados no atendimento dos casos a partir da atuação psicoterapêutica baseada no método clínico junguiano. As conquistas obtidas, em termos gerais, dizem respeito a maior integração psíquica por parte dessas mulheres, que conseguiram estabelecer maior equilíbrio interno entre as polaridades masculina e feminina. Esse equilíbrio trouxe impactos positivos para elas, como melhora da autoestima e maior sentimento de autoconfiança, além de capacitá-las para o estabelecimento de relações afetivas mais saudáveis e menos calcadas em submissão e dependência.
Abandono; Individuação; Mulheres; Psicoterapia analítica; Relação pai-filho