Resumo
Objetivo
Esta pesquisa tem como objetivo comparar a efetividade da terapia de sandplay com a terapia cognitiva comportamental na redução de sintomas clínicos ou limítrofes em crianças e adolescentes.
Método
Os participantes foram 21 vítimas de violência doméstica com sintomas clínicos ou limítrofes nas escalas Child Behavior Checklist ou Young Self Report. Os participantes foram também testados com a escala abreviada de inteligência Wechsler (T0) e designados randomicamente para os grupos de tratamento e controle. Os participantes foram testados novamente em T1 (20 sessões/20 semanas) e em T2 (6 meses).
Resultados
Para as crianças, não houve mudança entre os grupos, mas uma melhora nos problemas internalizantes no grupo de sandplay e nos problemas externalizantes e total de problemas no grupo de terapia cognitiva comportamental. Para os adolescentes, houve uma melhora significativa nos problemas externalizantes no grupo de sandplay e no total de problemas no grupo de terapia cognitiva comportamental.
Conclusão
Os resultados desta pesquisa não permitem concluir que uma técnica é melhor que outra, pois não tivemos uma diferença significativa consistente entre os grupos. Esses resultados podem ser devidos às diferentes abordagens das técnicas. Enquanto a Sandplay Therapy oferece um espaço livre e protegido para permitir que os participantes expressem seus sentimentos por meio de imagens e histórias, a Cognitive Behavioral Therapy segue um programa que se concentra mais em promover a adaptação do comportamento ao mundo exterior. A aplicação deste desenho de pesquisa a uma grande população e com mais sessões permitirá observar a consistência destes resultados, proporcionando terreno sólido para escolher qual técnica seria mais eficiente para cada caso específico.
Palavras-chave
Terapia cognitivo comportamental; Violência doméstica; Terapia do Sandplay; Terapia breve