Os autores procuram subsidiar aportes para uma discussão acerca da especificidade estrutural da perversão e sua relação com o desejo e com o gozo. Circunscrever o campo da perversão a partir de sua etiologia, delimitar os processos metapsicológicos capazes de objetivá-la e definir suas características específicas contrapostas às da neurose e da psicose, desde Freud, não constitui tarefa fácil. Ao estudar esse controverso construto teórico-clínico, os autores acentuam o quanto a perversão, na maioria das vezes, aparece como um conceito fronteiriço, tênue e de referências confusas no que diz respeito à sua especificidade estrutural. A proposta é avançar para além dos paradigmas freudianos, tendo como pano de fundo a dialética do desejo no ensino de Lacan. Existiria um caminho propiciador de uma articulação possível entre o desejo e o gozo?
Castração; Desejo sexual; Desvios sexuais