A permanência em ambientes de condições extremas, como regiões polares, pode provocar alterações significativas na saúde e no bem-estar dos indivíduos. Por meio de uma revisão sistemática, objetivou-se mapear pesquisas sobre efeitos psicológicos em expedicionários antárticos. Os dados revisados foram categorizados e divididos em dois eixos temáticos: Efeitos Negativos, que resultam de variações psicofisiológicas nocivas causadas pela exposição aos estressores polares, podendo apresentar padrões sazonais nos sintomas, alterando o funcionamento cognitivo, estado de humor e relações interpessoais; e Efeitos Positivos, resultados salutogênicos, decorrentes da adaptação bem sucedida às adversidades ambientais. Devido ao número de evidências, sugere-se que fatores de proteção sejam promovidos por abordagens preventivas, como treinamento e suporte psicológico, a fim de reduzir sintomas e gerar uma adaptação satisfatória à Antártica.
Antártica; Psicologia ambiental; Isolamento social; Estresse