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Efeitos de resíduos orgânicos no solo na germinação de esclerócios, no crescimento micelial e na ocorrência de doenças induzidas por Sclerotium rolfsii

A adição ao solo de resíduos orgânicos é uma opção para o manejo de doenças causadas por patógenos de solo. Benzaldeido e resíduos moídos de puerária (Pueraria lobata), mucuna (Mucuna deeringiana) e casca de Pinus (Pinus elliottii e P. taeda) podem reduzir certas doenças propagadas pelo solo. Este estudo avaliou os efeitos do benzaldeido e de pós-secos de puerária, mucuna e casca de Pinus sp. como resíduos de solo na germinação e formação de esclerócios, no crescimento micelial de Sclerotium rolfsii, na sobrevivência de plantas, na incidência de doença e na atividade enzimática do solo. Concentrações mais altas de benzaldeido (0,4 ml kg-1 de solo) e mucuna (100 g kg-1) inibiram o crescimento micelial e a germinação de esclerócios. Todavia, concentrações mais baixas de benzaldeido (0,1 g kg-1), puerária (25 g kg-1), e casca de Pinus sp. (25 g kg-1) estimularam o crescimento micelial e a germinação de esclerócios. Puerária (25-100 g kg-1) e mucuna (25-100 g kg-1) inibiram a formação de esclerócios. Contudo, benzaldeido a 0,2 e 0,4 ml kg-1 estimulou a formação de esclerócios. Puerária (50 e 100 g kg-1) e casca de Pinus sp. (50 g kg-1) favoreceram a colonização dos esclerócios por Trichoderma sp. O número de plantas de soja (Glycine max) foi maior e o número de plantas doentes foi mais baixo em solos com puerária (50 e 100 g kg-1), mucuna (50 e 100 g kg-1) e casca de Pinus sp. (50 g kg-1) do que em solos sem estes resíduos. A severidade de doença em tomateiro (Lycopersicon esculentum) foi baixa em solo com puerária ou mucuna (30 e 35 g kg-1) e casca de Pinus sp. (35 g kg-1). Pós-secos de puerária, mucuna ou casca de Pinus sp. incorporados ao solo podem reduzir a doença devido à redução do inóculo do patógeno.


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