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Análise epidemiológica de clones e cultivares de batata em solo naturalmente infestado com a biovar 2 de Ralstonia solanacearum

Os objetivos deste estudo foram avaliar o progresso da murcha bacteriana, a resistência do clone MB 03, selecionado para a raça 1 em Brasília, e detectar a presença do patógeno em tubérculos colhidos de plantas assintomáticas. Durante a primavera (setembro a final de novembro no hemisfério sul) de 1999 e 2000, 14 cultivares ou clones foram cultivados num campo naturalmente infestado com R. solanacearum biovar 2, em Caxias do Sul, RS. O número de plantas com sintomas de murcha foi registrado semanalmente para a obtenção da curva de progresso da doença. Para comparar a resistência dos genótipos de batata à murcha bacteriana foi calculada a área sob a curva de progresso da doença. Dentre os modelos avaliados para ajuste das curvas, o modelo logístico foi o que melhor se ajustou. Ao final das avaliações, em cada período de cultivo, os tubérculos produzidos por plantas assintomáticas foram coletados e armazenados até o início da brotação, quando foram submetidos a testes para detectar a presença de R. solanacearum. A cultivar Cruza 148 e o clone MB 03 foram os genótipos mais resistentes, mas ambos apresentaram tubérculos com infecções latentes. As implicações epidemiológicas da incidência de R. solanacearum raça 3 em lavouras de batata, bem como da resistência de determinados genótipos que podem propiciar tubérculos com infecções latentes, são aspectos de importância para o manejo integrado da murcha bacteriana no RS.

murcha bacteriana; progresso da doença; infecção latente; logístico; monomolecular; Gompertz


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